O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, revelou nesta segunda-feira, 25, que o governo pretende alocar aproximadamente R$ 2 bilhões em um projeto de segurança para a região da Amazônia Legal. O plano abrange a criação de 34 novas bases de segurança, incluindo 28 terrestres e seis fluviais, a instalação de um centro de comando da Força Nacional de Segurança e um centro de cooperação internacional para troca de informações e ações coordenadas com os países vizinhos.
Durante a abertura da 13ª Semana de Segurança Cidadã e Justiça, Capelli, representando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, compartilhou detalhes sobre o projeto denominado "Amazônia mais Segura e Soberana". O evento, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Governo da Bahia, tem como objetivo celebrar a semana de 25 a 29 de setembro, promovendo a troca de experiências e melhores práticas na área de segurança pública na América Latina e no Caribe.
Capelli enfatizou os desafios de enfrentar o crime organizado que transcende fronteiras geopolíticas e ressaltou a necessidade de uma abordagem articulada entre as polícias estaduais. Ele mencionou a importância de políticas estruturantes que promovam o desenvolvimento como uma estratégia para a prevenção do crime, especialmente para a juventude nas periferias, enfatizando a vulnerabilidade dos jovens negros.
O representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, sublinhou o compromisso da instituição em abordar a criminalidade e a violência, que têm impacto no bem-estar da população e no crescimento econômico do país. Um estudo do banco indicou que a criminalidade e a violência representam cerca de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Doyle anunciou o lançamento de uma plataforma com mais de 700 projetos e experiências bem-sucedidas na área de segurança, visando compartilhar conhecimentos e boas práticas.
Ele destacou a parceria do BID com o Ministério da Justiça e diversas entidades, resultando em 12 projetos que totalizam mais de US$ 750 milhões. A plataforma busca facilitar o diálogo e a colaboração entre autoridades e organizações para impulsionar a segurança na região.