Quatro argentinos foram resgatados de condição análoga à escravidão em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Agentes da Polícia Federal e fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram o grupo.
O que aconteceu
Argentinos foram contratados em agosto do ano passado, mas disseram não ter recebido nem para pagar alimentação e estadia. Para denunciar a situação, dois deles foram até um batalhão da Polícia Militar de uma cidade a 40 quilômetros de Nova Petrópolis.
Eles também afirmaram que eram obrigados a morar em locais precários. O grupo havia sido contratado para trabalhar como lenhador.
O empregador foi preso em flagrante, segundo a Polícia Federal, por "redução à condição análoga a de escravo".
Dos quatro argentinos, um deles é adolescente, tem 14 anos e estava com o pai.
As vítimas dormiam em um local no meio da mata, sem água potável, energia elétrica e banheiros.
"Quando eles foram encontrados, foi verificado que eles entraram de maneira ilegal no Brasil. Como presidente da comissão de Direitos Humanos [da Assembleia Legislativa], entrei em contato com o ministro do Trabalho da Argentina para que eles retornassem ao país, serem recebidos lá para organizar a documentação e poder receber a indenização por esse tempo que ficaram trabalhando," disse Laura Sito, deputada estadual.