Procuradora reclama de salário de R$ 37 mil: “dinheiro é só para vaidades”

Procuradora diz que seu dinheiro é só para brincos, pulseiras e sapatos

Procuradora Carla Fleury de Souza | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A Procuradora Carla Fleury de Souza reclama do salário de R$ 37.589,96 durante sessão realizada no Ministério Público do Estado de Goiás.  Ela ressaltou que o seu dinheiro e só para fazer suas vaidades. “O meu dinheiro é só ‘pra mim fazer’ minhas vaidades”, disse em entrevista, afirmando que tem dó dos promotores que iniciam carreira, têm  que pagar escola dos filhos.

Filha de promotor, ela fala das dificuldades que passou na infância. “Meu pai descia com a Caravan dele em ponto morto para economizar a gasolina. É triste, mas foi o que eu passei”, desabafou, declarando que foram inúmeras as vezes que se deparou com essa situação.  Ela disse na entrevista que perguntava ao pai o motivo de andar dessa forma e ele respondia que era para economizar gasolina. 

"Isso é uma verdade, é triste, mas foi o que eu passei", declarou. "Se vocês entraram na época do Dr. Amaury, todos vocês eram solteiros e sem filhos. Não, eu fui filha de um promotor. Meu pai aponsentou-se para poder advogar e pagar a nossa escola que estava atrasada há 6 meses e no dia em que ele completou o tempo de serviço no outro dia, ele pediu aposentadoria", revelou a procuradora.

Ela disse que qualquer pessoa interessada pode pesquisar e buscar essas informações. "Pensemos nos promotores, porque eu sou uma mulher e graças a Deus meu marido é independente. Eu não mantenho a minha casa e o meu dinheiro é só para mim fazer as minhas vaidades, graças a Deus", disse, enfatizando ainda que seu dinheiro é só para os seus brincos, pulseiras e sapatos.

"Mas uma coisa eu falo. Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira. Os promotres que têm filhos na escola, que têm  que pagar a escola. O custo de vida é muito caro. Então, agradeço a oportunidade e desculpe se me exaltei. Não sou oradora, mas falei de coração e quem fala do coração, fala a verdade", finalizou a promotora.

Carla Fleury de Souza entrou para o Ministério Público de Goiás no ano de 1992 e trabalhou nas promotorias de Mozarlândia (1992), Uruana (1992), Itapuranga (1992 a 1993), Inhumas (1993 a 2011) e Goiânia (2011 a 2022).

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES