Previsão de dilúvio no Saara preocupa; saiba as consequências para o mundo

A previsão é de que o Saara receba em poucos dias as chuvas que costumam cair em alguns anos

Deserto do Saara pode receber chuvas acima do esperado | Reprodução/Found The World
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O deserto do Saara, localizado no norte da África, um dos maiores do mundo, será palco de um evento considerado raro: as chuvas previstas para as próximas semanas devem corresponder a até 1.000% para o que é previsto para o período do ano.

Muita chuva

Segundo estimativa do Severe Weather, portal especializado, dentro dos próximos 16 dias o deserto terá pelo menos 500% da precipitação média para o início de setembro e mesmo não sendo um volume considerável grande de chuva para os padrões mundiais, o volume de água prevista no Saara é motivo de alerta, pois mais da metade do deserto recebe menos de 25 mm de chuva por ano.

Precipitação na área central

De acordo com especialistas, a maior concentração de chuvas é para região central do deserto. Segundo indicações, a expectativa é que essa região do Saara receba mais de 1.000% da chuva normal na primeira quinzena de setembro. Os especialistas dizem ainda que parte do deserto vai receber em poucos dias o volume equivalente a alguns anos de chuva. De acordo com últimos registros, agosto registrou volume acima da média histórica.

Motivos

Especialistas afirma que o motivo para as precipitações é a Zona de Convergência Intertropical (ITCZ) que está atuando na região. Ela é formada por faixa de nuvens, tempestades e chuvas que se espalha por toda zona do Equador e ocorre em razão dos ventos alísios que vêm dos dois hemisférioss, causando as precipitações.

Consequências

De acordo com últimos registros, a zona de convergência vem mudando mais do que o normal em direção ao norte. Dessa forma, com a ITCZ indo para o norte da África, fortes sistemas de trovoadas se deslocam para o Oceano Atlântico. As mudanças na ITCZ, segundo o Severe Weather, podem mudar "drasticamente" os padrões climáticos na região e afetar a temporada de furacões no Atlântico.

Consequências na Amazônia

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a ITCZ atinge posição mais ao norte entre os meses de agosto e setembro. O deslocamento maior da zona de convergência, a previsão é de baixa ocorrência de chuva na região amazônica, com calor intenso e possível agravamento da estiagem.

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