A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tomou a decisão, em uma reunião realizada em 2 de maio deste ano, de que os planos de saúde serão obrigados a oferecer cobertura para dois novos tratamentos contra o câncer no país. A resolução referente a essa determinação foi publicada no Diário Oficial da União uma semana após a reunião.
A ANS realizou a segunda atualização da lista de coberturas obrigatórias deste ano, estabelecendo que os planos de saúde deverão oferecer cobertura para dois novos tratamentos contra o câncer. Esses tratamentos incluem o uso de olaparibe em combinação com bevacizumabe para o câncer de ovário, e a utilização de darolutamida em combinação com docetaxel para o câncer de próstata metastático.
Além disso, a resolução da ANS inclui a garantia de cobertura para o teste genérico de deficiência de recombinação homóloga, utilizado para diagnosticar as pacientes que são candidatas ao tratamento com a associação de olaparibe e bevacizumabe.
No mês de fevereiro deste ano, a ANS já havia estabelecido a inclusão de quatro tratamentos no rol de procedimentos obrigatórios. Esses tratamentos são: onasemnogeno abeparvoveque, destinado a bebês com atrofia muscular espinhal; dupilumabe, utilizado por adultos com dermatite atópica grave; zanubrutinibe, indicado para adultos com linfoma de células do manto; e romosozumabe, prescrito para mulheres idosas com osteoporose na pós-menopausa.
Fila para transplante de córnea no Brasil quase dobra em cinco anos
A fila de espera por um transplante de córnea no Brasil praticamente dobrou ao longo dos últimos cinco anos, passando de 12.212 em 2019 para 23.946 atualmente. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta que o volume de procedimentos não retomou os níveis pré-pandemia de covid-19 – o total de intervenções realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 é menor do que o que era executado no início da década passada.
Os dados constam no Observatório CBO, plataforma criada pela entidade de acesso público e gratuito, que agrupa informações sobre consultas, exames, cirurgias e transplantes realizados. De acordo com o levantamento, o número de transplantes de córnea no SUS recuou ao patamar do que era executado em 2013. Em 2020, auge da pandemia, a série histórica registrou o seu pior desempenho na década: 4.374 cirurgias.
(Com informações da Agência Brasil)