O corpo do piauiense Ariosvaldo Paes Landim, de 46 anos, chegou no município de São Braz do Piauí, na noite de quarta-feira, 22 de fevereiro. Ele é uma das vítimas que morreram nos deslizamentos de terras provocados pelo temporal em São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo.
O traslado do corpo do piauiense foi todo providenciado pela prefeita do município Deborah Sayonara. Ele saiu de São Paulo em um voo comercial com destino a Petrolina e em seguida encaminhado para o Piauí.
A prima de Ariosvaldo, Beatriz Macedo de Farias, de 26 anos, segue desaparecida.
O corpo de Ariosvaldo foi velado na noite de ontem e sepultado na manhã desta quinta-feira (23) sob forte comoção.
Os corpos dos outros piauienses mortos naturais de São Pedro do Piauí devem chegar no Estado nesta quinta-feira (23). O Governo do Piauí providenciou o traslado dos corpos através de duas aeronaves que foram designadas para trazer a família e os corpos das três vítimas de São Pedro.
Já foram localizados e identificados os corpos de quatro piauienses – um de São Braz do Piauí e outras três de uma mesma família de São Pedro do Piauí. Há ainda outras quatro desaparecidas, sendo uma de São Braz e outras três de São Pedro.
PIAUIENSE RELATA BUSCAS POR PARENTES DESAPARECIDOS
Na manhã desta quinta-feira (23), o programa Bom Dia Meio Norte, entrevistou o piauiense Romário, natural de São Pedro, morador de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, cidade atingida por fortes chuvas. Romário teve três parentes mortos e outros três seguem desaparecidos.
Os piauienses encontrados em óbito são: Keyson Raniery Rios Silva, Maria dos Santos Gomes da Conceição e Adriel de Sousa Costa; desaparecidos são: Rafael Nunes de Oliveira, Adrian José da Conceição Costa e Mariely da Cruz da Conceição Costa. E encontrados com vida são: Ana Cristina da Conceição Silva e Alifi Miguel da Conceição Costa.
Romário contou o que ocorreu no momento do deslizamento de terra, quando estava sozinho em casa.
"No momento eu estava sozinho em casa, minha esposa e a filha dela tinham ido para o Piauí. Meu primo estava com a família dele. Eles moram em cima do morro. Foi uma das primeiras casas que caiu, com toda a família dentro. A chuva começou 20h, aí quando deu meia-noite começou a ficar forte, com alagamento, eu já acordei desesperado. Aí, quem tinha vizinho com casa com laje, a gente foi para a parte de cima. Eu só soube da morte dos parentes pela manhã, quando eu estava limpando a frente da minha casa, tirando a lama, aí veio meus colegas perguntando onde meu primo estava, a filha dele e aí eles já estavam lá, embaixo dos entulhos".