Pernambuco decreta situação de emergência por superlotação de UTIs infantis

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, o Estado vive um período de sazonalidade para vírus respiratórios.

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A governadora do Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), decretou situação de emergência em saúde pública devido à superlotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica no Estado. O problema ocorre devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), causados por vírus.

De acordo com a Central de Regulação de Leitos, há 85 bebês e crianças esperando por uma vaga de UTI na rede pública de Pernambuco. Somente em 2023, foram registrados mais de 2 mil casos de Srag entre menores de 10 anos, com mais de 30 mortes confirmadas.

Conforme o Diário Oficial divulgado nesta terça-feira (20), a emergência em saúde pública é válida por 90 dias, mas pode ser prorrogada, se for necessário. A medida autoriza a adoção de "medidas urgentes voltadas à prevenção, controle e ampliação da rede de atenção à saúde infantil"

O decreto também afirma que o avanço dos casos de Srag tem deixado superlotadas as emergências dos hospitais, "com expressiva taxa de ocupação de leitos". Segundo a governadora, é necessária a abertura de leitos, em especial de UTIs neonatais e pediátricas.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, o Estado vive um período de sazonalidade para vírus respiratórios, resultando na alta demanda por leitos especializados na rede pública de saúde.

Até o dia 16 de junho, Pernambuco tinha 219 leitos de UTI pediátrica, e todos estavam ocupados. Entre abril e junho, 90 leitos de UTI foram abertos, sendo 70 pediátricos, 10 pediátricos cardiológicos e 10 obstétricos. Porém, não foram suficientes para a necessidade. 

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