Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina promoveram nesta sexta-feira (22) mais uma paralisação no Centro da capital. A categoria também parou as atividades por duas horas na quinta-feira (21) e planeja seguir com os atos na próxima semana. Eles reivindicam a assinatura da convenção coletiva que estipula as condições de trabalho.
Os trabalhadores requerem das empresas de ônibus o acordo que estabelece a atualização da folha de pagamento dos trabalhadores referente a 2020 e 2021. Eles reclamam que o Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Teresina (Setut) menciona apenas a assinatura da convenção coletiva do ano de 2022.
"Queremos a assinatura dos anos de 2021 e 2022. O Setut só toca no assunto da convenção coletiva do ano de 2022, mas nós queremos as duas que já estão atrasadas. Dessa forma, do jeito que está, não é possível levar comida para casa, o trabalhador nunca sabe quanto vai receber no mês. Os transportes estão voltando, o teresinense já está saindo de casa e eles nunca resolvem esse impasse", relatou Miguel Arcanjo, secretário de Comunicação do Sintetro.
Arcanjo informou ao meionorte.com que as paralisações devem continuar na próxima semana. Além disso, a categoria não descarta adoção de uma greve e parar por tempo indeterminado. "Se tiver que parar, nós vamos parar. Estamos dentro do nosso direito", disse.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou, na manhã desta quinta-feira (21), que referente às questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, as empresas já cumpriram o pagamento da folha da categoria no prazo de 72 horas. A frota da ordem de serviço acordada com a Prefeitura de Teresina tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo.
Em nota, a entidade reforça que, "não compactua e nem tem participação na paralisação dos trabalhadores". O Setut diz ainda que "o Sindicato dos trabalhadores utiliza a não assinatura da Convenção Coletiva como pretexto e motivação para a promoção de paralisações".