Médicos do INSS param atividades e devem atrasar 25 mil perícias

No Piauí, as pessoas com serviço agendado são orientadas a comparecer e, caso falte o perito, o serviço será reagendado.

Perícias no INSS | Divulgação
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Os médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS ) decidiram paralisar as atividdes nesta segunda-feira, 31, em todo o Brasil. A mobilização, chamada de Dia Nacional de Advertência pela Valorização da Perícia Médica Federal, busca pressionar o presidente Jair Bolsonaro por reajustes salariais.

Segundo a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP), que está por trás da paralisação, a estimativa é de que pelo menos 25 mil perícias médicas afetadas.

Os peritos reivindicam aumento de 19,9% no salário. A União reservou R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022, mas não definiu quais categorias receberão o aumento.

No Piauí, os peritos anunciaram paralisação e, segundo assessoria do INSS no estado, eles não são do INSS, mas da Secretaria de Perícia Médica Federal. "Então, essas questões estão correndo por lá. No INSS, sem alteração. As pessoas com serviço agendado estão sendo orientadas a comparecer e, caso perito falte, serviço será reagendado".

Perícias médicas devem ser atrasadas 

O Ministério da Economia, no entanto, calcula que cada 1 ponto percentual de reajuste salarial custa R$ 3 bilhões por ano. O motivo da mobilização, segundo os trabalhadores, é a “patente frustração das negociações com o Poder Executivo”, que decidiu privilegiar as carreiras de segurança pública.

Em ofício enviado ao ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais diz que “tentou, em centenas de ocasiões, instaurar rodadas de negociações com a administração pública federal, todas infrutíferas”. 

Além do aumento, as demandas incluem fixação de 12 atendimentos presenciais no máximo por dia. 

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