Milhares de manifestantes se reuniram em várias partes do mundo para demonstrar apoio aos palestinos, neste sábado (28). Cidades da Europa, Oriente Médio, Ásia e Estados Unidos registraram o momento de clamor pela guerra que assola a região palestina.
Em uma das maiores manifestações em Londres, imagens aéreas capturaram grandes multidões no centro da capital, exigindo do governo liderado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak um cessar-fogo. Em consonância com a posição de Washington, o governo de Sunak não solicitou explicitamente um cessar-fogo; em vez disso, defendeu pausas humanitárias para facilitar a chegada de ajuda às pessoas em Gaza.
A Grã-Bretanha também apoiou o direito de Israel de se defender após o ataque de 7 de outubro do grupo Hamas, que Israel disse ter matado 1.400 pessoas, a maioria civis. O número de mortos em Gaza subiu para 7.650 mortos, também a maioria civis, desde que o bombardeio de Israel começou há três semanas, de acordo com um relatório diário divulgado no sábado pelo Ministério da Saúde palestino. Estes dados não foram verificados por organizações independentes.
Na Malásia, uma numerosa multidão de manifestantes proferia slogans em frente à embaixada dos Estados Unidos em Kuala Lumpur. Indo atéa centenas de apoiadores num grande comício que ocorreu em Istambul, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou que Israel repetiu a sua posição sobre o Hamas não ser uma organização terrorista. Os iraquianos participaram de um comício em Bagdá e na Cisjordânia ocupada por Israel. Os manifestantes palestinos em Hebron pediram no sábado um boicote global aos produtos israelenses.
Em outras regiões da Europa, cidadãos saíram às ruas em cidades como Copenhagen, Roma e Estocolmo. Apesar das proibições de comícios em algumas cidades francesas desde o início da guerra, com receios de aumentar as tensões sociais, ocorreram protestos tanto em Paris quanto em Marselha.
Na capital da Nova Zelândia, Wellington, milhares de pessoas, portando bandeiras palestinas e cartazes com a inscrição "Palestina Livre", marcharam em direção ao Parlamento. Em Londres, protestos pró-Palestina em torno da Embaixada de Israel foram restritos por medidas especiais.