Duas reféns que estavam sob o poder do Hamas foram libertadas nesta segunda-feira (23). As duas pessoas libertadas foram identificadas como Nurit Yitzhak e Yochved Lifshitz, idosas israelenses. De acordo com Abu Obeida, porta-voz do braço militar do Hamas, o Al-Qassam, as duas pessoas foram libertadas "por razões humanitárias urgentes", graças à mediação do Catar e do Egito. Segundo ele, o grupo tentou libertá-las na sexta-feira (20, mas segundo o Hamas, o governo de Israel se negou a recebê-las.
"Nós, das Brigadas Al-Qassam, através da mediação egípcio-catariana, libertamos os dois detidos (...) sabendo que o inimigo se recusou desde a última sexta-feira a aceitar o seu recebimento, e ainda negligencia o ficheiro dos seus prisioneiros. Decidimos libertá-los por questões humanitárias, apesar dos crimes de ocupação", afirmou Abu Obeida.
O governo de Israel confirmou a libertação das reféns e, segundo a Reuters, elas já chegaram à passagem de Rafah, nas fronteira da Faixa de Gaza com o Egito.
Esta é a segunda leva de reféns libertados pelo Hamas. Na sexta-feira, duas cidadãs dos Estados Unidos, mãe e filha, foram soltas pelo grupo terrorista. Mas ainda há mais de 200 reféns em poder do grupo que foram sequestradas por terroristas. A ação integrou o ataque perpetrado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, quando homens armados também mataram 1.402 pessoas em solo israelense.
A maioria dos reféns é israelense, mas, segundo as Forças Armadas de Israel, há também cidadãos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Ucrânia, da Itália e do Brasil entre os reféns. O Itamaraty diz não ter recebido comunicação sobre brasileiros entre os sequestrados.
Nas últimas 24 horas, pelo menos 436 pessoas perderam a vida em Gaza, conforme relatado pelo Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas. Desde o início do conflito entre o Hamas e Israel, o número total de mortes na Faixa de Gaza ultrapassou a marca de 5 mil nesta segunda-feira, dia 23.
Com informações do g1