Itamaraty diz que não tem plano de resgate para brasileiros na Ucrânia

Os ataques da Rússia à Ucrânia começaram na madrugada desta quinta-feira (24). Segundo o Itamaraty, cerca de 500 brasileiros estão no país

Uma religiosa segura uma cruz enquanto reza na Praça da Independência em Kiev | Foto: Daniel Leal/AFP
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O secretário de Comunicação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Leonardo Gorgulho, disse nesta quarta-feira (24) que, até o momento, o Brasil não tem um plano de resgate para retirar os brasileiros que estão na Ucrânia.

Os ataques da Rússia à Ucrânia começaram na madrugada desta quinta-feira (24). Segundo o Itamaraty, cerca de 500 brasileiros estão no país.

“Sobre a existência de plano de resgate, não há plano de resgate, não há da parte do Brasil e de qualquer outro país”, afirmou o embaixador.

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O governo brasileiro estuda implementar um plano de evacuação por via terrestre, mas ainda não há data nem ponto de encontro definidos.

Evacuação X Resgate

Segundo a embaixada, em um plano de resgate, o Brasil enviaria equipamentos e pessoas para a Ucrânia com o objetivo de auxiliar a retirada de brasileiros.

No caso do plano de evacuação, não há envio de forças diretamente do Brasil.

"No entendimento básico, a evacuação comporta a retirada de pessoas que estão dentro do país, por meios próprios ou por meios do governo brasileiro já lá localizados, o resgate envolveria o envio de algum contingente daqui, meios ou pessoas", explicou Gorgulho.

Assistência

O Itamaraty disse ainda que embaixadas brasileiras em outros países estão em regime de plantão para dar assistência aos brasileiros que saírem da Ucrânia por conta própria. São elas: embaixada do Brasil em Varsóvia, Minsk, Bratislava e Moscou.

A orientação do Itamaraty aos brasileiros que residem em Kiev é que eles permaneçam em casa e aguardem novas orientações da embaixada. 

Para aqueles que estão no leste do país, a instrução é deixar a região, ir até Kiev e entrar em contato com a embaixada.

Uma religiosa segura uma cruz enquanto reza na Praça da Independência em Kiev, — Foto: Daniel Leal/AFP


Outras manifestações

Na manhã desta quinta-feira (24), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota em que pede a suspensão imediata das "hostilidades" da Rússia à Ucrânia. Foi a primeira manifestação oficial do governo após a invasão.

Também nesta quinta (24), o presidente da República Jair Bolsonaro se manifestou sobre o ataque russo à Ucrânia em uma rede social:

“Estou totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia”, escreveu Bolsonaro.

Em seguida, o presidente reproduziu a nota do Itamaraty que traz orientações para os brasileiros que estão na Ucrânia.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que o Brasil não está neutro e que respeita a soberania da Ucrânia.

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, afirmou Mourão na chegada ao Palácio do Planalto nesta quinta (24).

Corpo de um soldado sem identificação, que militares ucranianos dizem ser um russo morto em combate— Foto: Maksim Levin/Reuters 


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