A Suprema Corte dos Estados Unidos deu nesta segunda-feira (18) sinal verde para que o governo de Donald Trump prossiga com a deportação de 350 mil venezuelanos.
Eles vivem no país com status de proteção temporária, condição concedida sob o governo de seu antecessor, Joe Biden. A medida faz parte da abordagem mais dura de Trump sobre imigração, com foco na ampliação das deportações.
PROTEÇÃO ENCERRADA
A Corte atendeu ao pedido do Departamento de Justiça para derrubar uma decisão do juiz Edward Chen, do distrito de San Francisco, que havia suspendido a medida da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, de encerrar a proteção concedida aos venezuelanos por meio do programa de Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês).
A decisão de Chen contemplava uma ação judicial movida por beneficiários do TPS (designação humanitária prevista na lei dos EUA para países afetados por guerra, desastres naturais ou outras catástrofes.) e pelo grupo de defesa Aliança Nacional TPS, que argumentaram que a Venezuela continua sendo um país inseguro.
Segundo Chen, Noem havia revogado o programa de proteção para esses venezuelanos com base em "estereótipos negativos".
DEPORTAÇÃO EM MASSA
Nomeada por Trump, Kristi Noem revogou a prorrogação do programa e decidiu revogar os benefícios do TPS para o grupo de venezuelanos incluído em 2023.
Trump, que reassumiu a Casa Branca em 20 de janeiro, prometeu realizar a maior deportação em massa da História dos EUA. A gestão do republicano busca retirar do país imigrantes em situação irregular, e para isso tomou medidas para revogar proteções temporárias e, assim, ampliar o número de pessoas sujeitas à deportação.