A Suprema Corte dos Estados Unidos abriu caminho nesta terça-feira (8) para que o presidente EUA Donald Trump retome cortes em massa de postos de trabalho dentro do governo e em agências públicas federais.
Por maioria, os juízes da Suprema Corte revogaram uma ordem da Justiça de 2ª instância de São Francisco, na Califónia, que havia bloqueado o plano de Trump de demissões em larga escala. Os magistrados entenderam, por maioria, que os tribunais não podem congelar o programa de cortes de Trump.
Agora, o caso voltará ao tribunal de São Francisco para uma nova análise.
DE ONDE VEM A IDEIA
A ideia de demitir funcionários públicos e cortar postos de trabalho dentro da máquina do Estado era uma promessa de campanha de Trump. Ao assumir o governo, ele começou a colocar o plano em prática, a partir da indicação do departamento então liderado pelo bilionário Elon Musk para secar os gastos federais.
Em fevereiro, um mês após voltar à Casa Branca, ele anunciou "uma transformação crítica da burocracia federal". Em um decreto, orientou agências e departamentos do governo a se prepararem para reduzir significativamente a força de trabalho federal e eliminar escritórios e programas aos quais a gestão Trump se opõe. Na ocasião, milhares de pessoas foram demitidas.
"excedeu sua autoridade"
A juíza que barrou o decreto de Trump, de um tribunal da Califórnia, havia acatado uma limitar apresentada por sindicatos de funcionários, ONGs e governos locais. A magistrada disse ter entendido que o presidente "excedeu sua autoridade" e também ordenou a reintegração de trabalhadores que já haviam sido demitidos.
"Como a história demonstra, o presidente pode reestruturar amplamente as agências federais somente quando autorizado pelo Congresso", escreveu a juíza à época.
Com informações do g1.