O domingo foi marcado por novos bombardeios no Oriente Médio, com Israel intensificando seus ataques ao Líbano e expandindo a ofensiva para alvos no Iêmen. No Líbano, mais de 100 pessoas perderam a vida nos recentes ataques israelenses, enquanto Israel também conduziu bombardeios contra os houthis, um grupo rebelde apoiado pelo Hamas no Iêmen.
Nas últimas semanas, Israel intensificou os bombardeios no Líbano, com o objetivo de eliminar líderes do Hezbollah, grupo extremista com forte presença na região. No sábado (28), Israel anunciou a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, principal líder do Hezbollah. No domingo (29), outro líder do grupo, Nabil Kaouk, também foi morto em um ataque aéreo.
mortes nos ataques
De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, mais de 1 mil pessoas morreram e 6 mil ficaram feridas nos últimos 14 dias. O órgão não especificou quantos desses mortos são civis. O governo libanês ainda relatou que cerca de 1 milhão de pessoas — um quinto da população do país — foram forçadas a abandonar suas casas.
Em meio ao agravamento da situação, o Papa Francisco condenou os ataques militares, afirmando que os bombardeios ultrapassam os limites da moralidade. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se pronunciou, dizendo que "uma guerra total deve ser evitada a todo custo".
Os bombardeios mais recentes deixaram 359 feridos no Líbano. Em Sidon, uma cidade portuária, um ataque devastador resultou em 32 mortes após dois edifícios serem atingidos. Na cidade de Baalbek-Hermel, no leste do país, um ataque aéreo matou 33 pessoas, e em Marjayoun, sete pessoas perderam a vida.
Além dos ataques ao Líbano, Israel também ampliou sua ofensiva para o Iêmen, bombardeando posições dos houthis, uma facção aliada ao Irã e ao Hamas. A operação é parte do aumento das tensões entre Israel e os grupos do "Eixo de Resistência", alinhados ao Irã.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, reagiu fortemente aos ataques israelenses, declarando que o Irã e seus aliados não permitirão que Israel ataque os países do Eixo de Resistência sem uma resposta contundente. "Não podemos tolerar essas ações, e elas não ficarão impunes", afirmou o presidente, sinalizando uma possível escalada no conflito.