Em decisão histórica tomada nesta terça-feira, 19, a Suprema Corte do Colorado, nos Estados Unidos, declarando que o ex-presidente Donald Trump está desqualificado para ocupar o cargo de presidente e que seu nome não constará na cédula de votação do estado em 2024.
Segundo entendimento do tribunal, Donald Trump incitou uma insurreição ao instigar seus seguidores a invadir o Capitólio, em Washington D.C., em 6 de janeiro de 2021, após perder as eleições presidenciais para Joe Biden. Esta decisão torna Trump o primeiro candidato presidencial na história dos EUA a ser considerado inelegível devido a uma seção pouco utilizada da Constituição, que proíbe funcionários envolvidos em "insurreição ou rebelião" de ocupar cargos públicos.
A determinação da Suprema Corte do Colorado é específica para as primárias republicanas do estado em 5 de março, mas pode ter ramificações nas eleições gerais de 5 de novembro. Apesar de o Colorado ser considerado seguro para os democratas, alguns analistas acreditam que essa decisão pode influenciar a campanha de Trump em nível nacional.
Os advogados de Trump reagiram prontamente, prometendo recorrer da decisão ao Supremo Tribunal dos EUA, alegando que o motim no Capitólio não constitui uma insurreição grave e que os discursos do ex-presidente em 6 de janeiro estavam protegidos pela liberdade de expressão.
Em comunidado, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, classificou a decisão como "completamente errada" e anunciou a intenção de apresentar um recurso à Suprema Corte dos Estados Unidos, buscando a suspensão desta decisão que consideraram "profundamente antidemocrática".