Equipes de resgate procuraram dezenas de pessoas ainda desaparecidas na província sul-africana de KwaZulu-Natal (KZN), depois que fortes chuvas nos últimos dias provocaram enchentes e deslizamentos de terra que mataram mais de 440 pessoas. Com informações da agência de notícias Reuters.
As inundações deixaram milhares de desabrigados, interromperam os serviços de energia e água e paralisaram as operações em um dos portos mais movimentados da África, Durban. Uma autoridade econômica da província estimou os danos gerais na infraestrutura em mais de 10 bilhões de rands (US$ 684,6 milhões).
O primeiro-ministro da província, Sihle Zikalala, disse que o número de mortos subiu para 443, com mais 63 pessoas desaparecidas. Em algumas das áreas mais afetadas, os moradores disseram que estão aterrorizados com a ideia de mais chuva, que deve cair ao londo da semana Alguns enfrentaram uma espera agonizante por notícias de entes queridos desaparecidos.
"Nós não perdemos a esperança. Embora estejamos constantemente preocupados com a continuação dos dias", Sbongile Mjoka, morador da vila Sunshine no município de eThekwini, cujo sobrinho de 8 anos está desaparecido há dias. "Estamos traumatizados com a visão da chuva", disse Mjoka, 47, à Reuters, acrescentando que sua casa foi seriamente danificada.
Em uma área semi-rural próxima, três membros da família Sibiya foram mortos quando as paredes do quarto onde dormiam desabou e Bongeka Sibiya, de 4 anos, ainda está desaparecida. "Tudo é um lembrete duro do que perdemos, e não ser capaz de encontrar (Bongeka) é devastador porque não podemos lamentar ou curar. Neste estágio, nos sentimos vazios", disse Lethiwe Sibiya, 33, à Reuters.
O gabinete do presidente Cyril Ramaphosa disse no sábado que ele havia adiado uma visita de trabalho à Arábia Saudita para se concentrar no desastre. Ramaphosa se reunirá com ministros para avaliar a resposta à crise.
O primeiro-ministro da KZN, Zikalala, disse em uma entrevista televisionada que as inundações estavam entre as piores da história registrada de sua província.
“Precisamos reunir nossa coragem coletiva e transformar essa devastação em uma oportunidade para reconstruir nossa província”, disse ele. "O povo de KwaZulu-Natal vai se erguer desse caos."