Ao menos 259 pessoas morreram na África do Sul por conta da forte chuva que atinge a costa leste do país esta semana. Nesta quarta-feira (13), autoridades do país divulgaram o novo balanço como o número de pessoas mortas em decorrência de inundações e deslizamentos de terra.
A maior parte das vítimas fatais estavam em Durban, a principal cidade da província de Kwazulu-Natal, no leste do país. A costa afetada é apontada por muitos cientistas como uma das principais regiões no mundo que já sentem os efeitos do aquecimento global.
O Exército do país foi mobilizado para apoiar as tarefas de resgate, que seguem as buscas nesta quarta-feira (13). Em uma escola de ensino médio de Durban, os alunos e professores passaram várias horas presos. No total, 140 escolas foram atingidas.
Mais de 2.000 casas e 4.000 moradias informais foram danificadas pelas chuvas torrenciais, segundo o governador da província, Sihle Zikalala. "É um pesadelo. Rios de lama, vítimas, prédios destruídos...", relatou um dos membros da equipe de resgate Garrith Jamieson.
'Rodovias transformadas em rios'
Em uma nota, a Organização Não Governamental local Gift of the Givers descreveu "rodovias transformadas em rios" e pessoas presas sob muros que desabaram.
A empresa ferroviária pública Prasa anunciou a suspensão dos seus serviços na região, devido a deslizamentos de terra e aos escombros nos trilhos.
As autoridades locais pediram à população que evitasse deslocamentos e para que aqueles que moram em áreas altas abriguem seus vizinhos atingidos pelas chuvas.
As chuvas, que ainda não pararam, também causaram grandes cortes de energia, afetaram o abastecimento de água e bloquearam estradas. Escombros, galhos, garrafas plásticas e até o reservatório de um caminhão-tanque se amontoavam nas turísticas praias de Durban.
A cidade de Durban foi duramente atingida por protestos e saques em julho passado, a pior onda de violência no país desde o fim do Apartheid. A revolta popular foi desencadeada pela prisão do ex-presidente Jacob Zuma.