Um relatório preliminar divulgado nesta sexta (11) revelou que o fornecimento de combustível para os motores do avião da Air India foi interrompido 29 segundos antes da queda da aeronave, que matou 260 pessoas. O Boeing 787-8, com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, caiu pouco depois de decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. A tragédia ocorreu em 12 de junho e deixou apenas um sobrevivente, um passageiro com dupla nacionalidade indiana e britânica.
O que aconteceu
De acordo com os dados da investigação, o avião decolou às 13h38:39 e, três segundos depois, os botões de distribuição de combustível foram desligados. A perda de potência nos motores levou um dos pilotos a questionar o colega sobre o corte, ao que o outro respondeu não ter feito nenhuma ação. Apesar das tentativas de religar o sistema, o impacto no solo aconteceu apenas 32 segundos após a decolagem.
Emergência
A gravação da cabine indica que a emergência foi declarada às 13h39:05 com o chamado "Mayday", mas os gravadores de dados e voz deixaram de funcionar seis segundos depois, o que coincide com o momento do choque. A aeronave caiu sobre o alojamento de uma faculdade de medicina, em uma área residencial da cidade, matando também 29 pessoas em terra.
Teste de combustível
As autoridades descartaram falha nos flaps da aeronave, que estavam em posição adequada para a decolagem, segundo indicam os destroços. O combustível utilizado também passou por testes e estava em condições regulares, o que afasta suspeitas de problemas técnicos nesse aspecto.
Botões de distribuição desligados
O especialista em segurança da aviação John Cox afirmou que é improvável que os botões de distribuição de combustível tenham sido desligados acidentalmente por um dos pilotos. A investigação agora concentra esforços para entender por que os comandos foram acionados, já que nenhuma recomendação foi feita até o momento à Boeing ou à fabricante dos motores.
Vítimas
A bordo estavam 169 passageiros indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Após o acidente, o governo indiano determinou a inspeção dos 33 aviões Dreamliner que compõem a frota da Air India. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o andamento das investigações, e não há previsão para a conclusão do relatório final. (Com informações do G1)