SEÇÕES

“Profecia” do Apocalipse 13 vem à tona após nomeação de papa americano

Conspiradores destacaram que Prevost escolheu o nome de Leão XIV, o que, para eles, “confirma” a ligação com Apocalipse 13.

O novo papa Leão 14, Robert Prevost faz primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano | Foto: Imagem: Alberto Pizzoli - 8.mai.2025/AFP
Siga-nos no

A escolha do americano Robert Francis Prevost como novo papa, nesta quinta (8), provocou uma onda de especulações nas redes sociais. Internautas passaram a relacionar o nome do novo pontífice ao capítulo 13 do livro do Apocalipse, no Novo Testamento. “Profecia de Apocalipse 13 se cumprindo”, escreveu um usuário no X, antigo Twitter.

O que diz o Apocalipse 13?

Escrito no século 1 por João, o capítulo 13 do Apocalipse descreve duas criaturas simbólicas: uma besta que emerge do mar e outra da terra. A primeira é descrita como semelhante a um leopardo, com pés de urso e boca de leão. É também nesse capítulo que surge o famoso número 666, “o número da besta”.

Quem são as bestas?

Segundo o pastor e doutor em Ciências da Religião Kenner Terra, o texto apresenta uma crítica codificada ao poder imperial romano, principalmente ao imperador Nero César. “João usa símbolos do seu tempo, como os monstros do livro de Daniel, para denunciar um sistema opressor”, explica ele.

EUA e o papa

De acordo com interpretações surgidas após a Reforma Protestante, em determinados contextos históricos o papa foi associado à figura do anticristo ou do falso profeta mencionado no Apocalipse. Em teorias conspiratórias atuais, os Estados Unidos aparecem como palco do surgimento dessas figuras.

Leão, 13 e coincidências forçadas

Conspiradores destacaram que Prevost escolheu o nome de Leão XIV, o que, para eles, “confirma” a ligação com Apocalipse 13. O papa anterior a ele foi Leão XIII, o mesmo número do capítulo bíblico. E o animal mencionado no texto sagrado, a “boca de leão”, é mais um elemento usado para sustentar essas teorias.

 O alerta dos estudiosos

Kenner Terra considera essas associações perigosas. “Teorias da conspiração conectam imagens desconexas de forma aparentemente óbvia. Para mim, isso é perverso, alienador e empobrece o debate sobre fé e realidade”, afirma. Segundo ele, o Apocalipse tem muito mais a ver com crítica social do que previsões sobrenaturais. (Fonte: G1)

Tópicos
Carregue mais
Veja Também