Mais de 100 bebês em incubadoras correm perigo por falta de combustível em Gaza

Além das crianças, segundo a OMS, cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estão em risco.

Mais de 100 bebês em incubadoras correm perigo | Foto: Mohammed Salem /Reuters
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou neste domingo (22) que as vidas de 120 bebês em incubadoras estão em risco à medida que se esgota o combustível para os geradores de energia elétrica na Faixa de Gaza. Além disso, os hospitais enfrentam uma crise de medicamentos e água para milhares de feridos devido à guerra entre Israel e Hamas.

"Há atualmente 120 recém-nascidos em incubadoras, 70 deles em ventilação mecânica e, claro, estamos muito preocupados", disse o porta-voz da Unicef, Jonathan Crickx.

Além das crianças e feridos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na última quinta-feira (19) que os hospitais não possuem combustível para os geradores, e que cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estão em risco.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios | FOTO: Yasser Qudih / AFP

A falta de eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas do enclave que tratam bebês prematuros. Israel impôs um "cerco total" ao território após a ofensiva do Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.

AJUDA HUMANITÁRIA

No sábado (21), entrou o primeiro comboio, com 20 caminhões, mas nenhum com combustível. Neste domingo (22), entraram mais 17 caminhões com ajuda humanitária, mas ainda não está claro se foi permitido entrar algum veículo com combustível.

Embora Israel tema que o combustível ajude o Hamas, o pouco que resta no território palestino está sendo utilizado em geradores para permitir que os equipamentos médicos continuem funcionando.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios, e todos os dias os pais são vistos carregando os corpos dos seus filhos em envoltórios brancos pela rua. Na quinta-feira (19), os médicos do Hospital Najjar, em Rafah, contaram que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo que atingiu sua casa.

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