Líbano acusa autodades israelenses de rejeitar o cessar-fogo

Além de Beirute, o Exército israelense bombardeou alvos do Hezbollah em Nabatieh, no sul do Líbano

Bombardeio no Líbano | AFP
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O primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, acusou Israel nesta sexta-feira (1º) de rejeitar propostas de cessar-fogo, após o Exército israelense bombardear alvos do Hezbollah em Beirute. Segundo a agência nacional de notícias libanesa (NNA), pelo menos dez bombardeios atingiram o sul da capital, com ordens israelenses para evacuação de civis. Os ataques resultaram na destruição de dezenas de edifícios poucas horas depois da chegada de diplomatas americanos ao país.

O que aconteceu

Amos Hochstein e Brett McGurk, representantes dos Estados Unidos, viajaram a Israel na quinta-feira (31) para tentar mediar um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Líbano. Além disso, os EUA buscam avançar nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza, onde o Exército israelense enfrenta o Hamas. Contudo, Mikati criticou a postura de Israel, afirmando que o país está bloqueando o avanço das negociações.

Acordo

Na terça (29), Mikati havia mencionado que Israel e Líbano estavam próximos de um acordo para cessar os confrontos. "O prolongamento, mais uma vez, da agressão do inimigo israelense contra as regiões libanesas e o fato de ter atacado mais uma vez os subúrbios do sul de Beirute com operações destrutivas constituem indicadores que confirmam a sua rejeição de todos os esforços para conseguir um cessar-fogo", afirmou o premiê libanês.

Bombardeio

Além de Beirute, o Exército israelense bombardeou alvos do Hezbollah em Nabatieh, no sul do Líbano. A NNA também relatou ataques nas regiões de Aley, Bint Jbeil e Baalbek, com registro de ao menos dez mortos. Em Tiro, um edifício desabou em decorrência dos bombardeios, segundo um correspondente da AFP.

Patrimônios

Coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis Plasschaert, alertou sobre os riscos para cidades históricas como Baalbek e Tiro, declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também demonstrou "profunda preocupação" com os impactos dos ataques israelenses sobre os serviços de saúde no Líbano.

Plano americano

Em busca de uma solução, os EUA propuseram um plano para a retirada do Hezbollah e do Exército israelense do sul do Líbano, substituindo-os por forças armadas libanesas e capacetes azuis da ONU. No entanto, Israel exige garantias de segurança antes de qualquer retirada, visando neutralizar o Hezbollah na fronteira e possibilitar o retorno de cerca de 60 mil israelenses deslocados do norte do país.

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