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Laudo divulgado: o que autópsia diz sobre a morte de brasileira em vulcão na Indonésia

Um trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia, foi a causa da morte de Juliana Marins, segundo autópsia realizada em Bali.

Juliana Marins, de 24 anos, era natural de Niterói (RJ), e foi encontrada morta nesta terça-feira (24) | Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A autópsia divulgada nesta sexta-feira (27/06) pelas autoridades indonésias apontou que a morte de Juliana Marins, alpinista brasileira que escorregou e caiu durante a escalada do Monte Rinjani — o segundo vulcão mais alto da Indonésia — foi causada por trauma contundente, com lesões em órgãos internos e hemorragia.

Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento, disse o especialista forense Ida Bagus Alit à imprensa na sexta-feira.

A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas, disse o médico.

O corpo de Juliana Marins chegou ao Hospital Bali Mandara, em Bali, por volta das 11h35 (horário de Brasília) da quinta-feira (26/06), para a realização da autópsia. O traslado foi feito de ambulância a partir do Hospital Bhayangkara, localizado na província onde fica o vulcão, devido à ausência de peritos na região.

O exame foi realizado na noite do mesmo dia. Segundo Alit, não há indícios de que a morte tenha ocorrido muito tempo após os ferimentos.

Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos, explicou. 

Com base nos resultados da autópsia, Alit estima que Juliana Marins tenha morrido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos.

No entanto, ele ressaltou que é difícil precisar o horário exato da morte, devido a fatores como o transporte do corpo em um freezer da Ilha de Lombok — onde fica o Monte Rinjani — até Bali, em uma viagem que durou várias horas.

"No entanto, com base em sinais observáveis, estima-se que a morte tenha ocorrido logo após os ferimentos", disse ele. Alit afirmou que não havia sinais de hipotermia, já que o corpo não apresentava lesões típicas da condição, como nas pontas dos dedos. 

Juliana caiu no sábado (21/06) e foi encontrada apenas na quarta-feira (25/06), após dificuldades causadas pelo mau tempo e terreno difícil. Embora o Monte Rinjani tenha registrado outras mortes nos últimos anos, o caso de Juliana ganhou ampla repercussão no Brasil e na Indonésia.

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