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Em 5 anos, trilhas de vulcão onde brasileira caiu e morreu tiveram 180 acidentes e 8 mortes

Juliana Marins, que fazia um mochilão pela Ásia e despencou em penhasco no caminho do cume do Monte Rinjani, foi encontrada morta nesta terça-feira (24).

Monte Rinjani, na Indonésia, em foto de dezembro de 2014 | Foto: Skyseeker/Flickr/Creative Commons
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Oito pessoas morreram e outras 180 ficaram feridas em acidentes ocorridos nos últimos cinco anos no Parque Nacional da Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins foi encontrada morta nesta terça-feira (24). Ela caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos principais destinos turísticos da região. Os dados são do governo indonésio e foram divulgados em março deste ano.

Juliana, de 26 anos, caiu em um penhasco no último sábado (21), enquanto seguia rumo ao cume do monte. As informações sobre a tentativa de resgate e sua morte foram divulgadas pelo perfil criado por sua família.

Segundo o Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, foram registrados 21 acidentes em 2021, 33 em 2022 e 35 em 2023. No ano passado, o número saltou para 60 ocorrências, quase o dobro do ano anterior. Do total de acidentados, 44 eram turistas estrangeiros e 136, visitantes locais.

Mortes

  • 2020: 2 mortes
  • 2021: 1 morte
  • 2022: 1 morte
  • 2023: 3 mortes
  • 2024: 1 mortes

Acidentes

  • 2020: 21 casos
  • 2021: 33 casos
  • 2022: 31 casos
  • 2023: 35 casos
  • 2024: 60 casos

 a publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos - foto:  arquivo pessoal

Aumento de visitação

O Parque Nacional do Monte Rinjani, que vem registrando aumento no número de visitantes desde o pós-pandemia, também enfrenta crescimento nos casos de acidentes. Em março, o governo indonésio recomendou a criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate e evacuação, visando melhorar a segurança de turistas, empresários e equipes de resgate.

O relatório destaca que, embora o turismo traga benefícios econômicos, também gera impactos negativos no ecossistema e eleva o número de acidentes e desaparecimentos. Muitos casos estão ligados ao descumprimento de normas de segurança pelos próprios turistas, como falta de preparo físico, equipamentos inadequados e desrespeito às trilhas.

As quedas e torções são os acidentes mais comuns, somando 134 registros. Para prevenir riscos, o parque instalou placas de alerta em áreas perigosas e orienta os visitantes nas entradas das trilhas. Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e oferece uma das trilhas mais desafiadoras do país, com percurso de dois a quatro dias, trechos íngremes e condições climáticas instáveis.

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