O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aguarda que até a próxima segunda-feira, dia 4, haja um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (26). O conflito ocorre desde 7 de outubro do ano passado.
A declaração do presidente norte-americano foi dada durante um evento político em uma sorveteria na cidade de Nova York. De acordo com a rede Al Jazeera, Israel concordou em trocar 400 prisioneiros palestinos por 40 mulheres e idosos ainda mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Autoridades israelenses viajaram ao Catar, onde o Hamas tem seu escritório político, para negociar os termos de um acordo de trégua e libertação de reféns em Gaza, conforme informou uma fonte à agência de notícias Reuters.
Israel está sendo pressionado pelos EUA a concordar com uma trégua em breve para evitar uma possível ofensiva israelense em Rafah, a última cidade no extremo sul da Faixa de Gaza, onde mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave estão abrigados.
Uma delegação israelense, composta por agentes das Forças Armadas e da agência de espionagem Mossad, foi enviada para criar um centro operacional de apoio às negociações e verificar os militantes palestinos propostos que o Hamas deseja libertar como parte de um acordo de troca de reféns.
As negociações entre Israel e Hamas parecem estar avançadas, com a delegação israelense informando o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre os progressos das conversações.
Fontes de segurança egípcias indicaram que negociações indiretas entre Israel e Hamas, com mediação, seriam realizadas nesta semana, primeiro no Catar e depois no Cairo.
Os objetivos finais permanecem distantes entre os lados: o Hamas insiste na retirada de Israel de Gaza e no fim da guerra, enquanto Israel busca apenas uma pausa temporária nas hostilidades e o controle geral da segurança de Gaza.
Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram a intenção de propor uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas. Os EUA são historicamente aliados de Israel, mas têm pressionado por um acordo de trégua.