“Golpe nunca deu certo”, disse Lula sobre tentativa na Bolívia

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e outras lideranças internacionais condenaram, nesta quarta (26), a tentativa de golpe na Bolívia, expressando esperança de que a democracia prevaleça em toda a América Latina.

"A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão, presidido por Luis Arce", se manifestou Lula por meio de rede social.

Quem mais falou?

Além do presidente brasileiro, outras personalidades, como os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador; do Chile, Gabriel Boric; do Paraguai, Santiago Peña; além do ex-presidente argentino, Alberto Fernández, se manifestaram sobre o assunto.

Repercussão

A respeito do episódio, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota condenando a ação dos militares bolivianos, classificando-a como uma "grave violação da ordem constitucional na Bolívia", e informou estar em contato com as autoridades bolivianas para reafirmar o compromisso com a democracia.

O que aconteceu

Nesta quarta-feira (26), militares das Forças Armadas da Bolívia ocuparam a praça em La Paz onde fica o palácio presidencial. Soldados, liderados por um general destituído do comando do Exército na terça-feira (25), adentraram o prédio.

A situação na Bolívia é acompanhada pela comunidade internacional, com fortes apelos pela manutenção da ordem democrática.

Lula (Brasil) 

"A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão, presidido por Luis Arce."

Gabriel Boric (Chile) 

"Do Chile, expresso minha preocupação pela situação na Bolívia. Expressamos o nosso apoio à democracia no nosso país irmão e ao governo legítimo de Luis Arce. Condenamos veementemente a inaceitável ação de força por parte de um setor do exército daquele país."

Santiago Peña (Paraguai) 

"O Paraguai condena as mobilizações irregulares do exército boliviano denunciadas pelo presidente Luis Arce. Fazemos um forte apelo ao respeito pela democracia e pelo Estado de Direito."

Pedro Sánchez (Espanha) 

"A Espanha condena veementemente os movimentos militares na Bolívia. Enviamos ao Governo da Bolívia e ao seu povo o nosso apoio e solidariedade e apelamos a que respeitem a democracia e o Estado de direito."