A Meta Platforms, dona do Facebook e do Instagram, seguirá utilizando verificadores de fatos terceirizados fora dos Estados Unidos "por enquanto", apesar de estar abandonando essa prática em seu país de origem. A informação foi confirmada por Nicola Mendelsohn, chefe de negócios globais da empresa, em entrevista à Bloomberg Television durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos.
Substituição
Nos EUA, a Meta substituirá os verificadores terceirizados por um sistema de "notas da comunidade", conforme anunciado anteriormente. Segundo Mendelsohn, a empresa pretende observar os resultados dessa mudança antes de decidir se implementará algo similar em outras regiões.
Motivo
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, explicou que a decisão de encerrar o programa doméstico, criado há cerca de uma década para combater desinformação, foi motivada pelo alto índice de erros e pelo impacto negativo em usuários, que relataram censura injusta.
Contexto complexo
No entanto, Mendelsohn destacou que a situação é mais complexa em regiões como a União Europeia, onde legislações rigorosas, como a Lei de Serviços Digitais, obrigam plataformas digitais a eliminar ativamente conteúdos políticos enganosos e outros tipos de desinformação, sob pena de multas substanciais.
Declaração
“Vamos acompanhar como essa mudança se desenvolve ao longo do ano”, disse Mendelsohn. Por enquanto, continuaremos trabalhando com verificadores de fatos ao redor do mundo.”
Parceria com Trump
Em paralelo, Zuckerberg afirmou que a Meta pretende colaborar com o recém-empossado presidente Donald Trump para pressionar países que restringem a liberdade de expressão. Ele também criticou o governo Biden por, segundo ele, promover políticas de censura. Trump, que havia sido temporariamente banido do Facebook após os eventos de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio, elogiou a decisão da Meta e classificou a medida como um "grande avanço".