EUA avaliam novas sanções contra a Venezuela se líder opositor for preso

Em resposta à recusa de González em comparecer a três convocações judiciais, o Ministério Público venezuelano emitiu um mandado de prisão contra ele.

Líderes da oposição na Venezuela | RS Via Fotos Públicas
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Os Estados Unidos estão avaliando a possibilidade de adotar novas sanções contra a Venezuela após a emissão de um mandado de prisão contra Edmundo González, líder opositor do presidente Nicolás Maduro. A decisão da Justiça venezuelana foi duramente criticada por autoridades norte-americanas nesta terça-feira (3).

O que está em jogo?

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que o país, juntamente com seus aliados, está explorando "uma série de opções" para responder às ações do governo Maduro. "Estamos considerando uma série de medidas para mostrar a Maduro e seus representantes que suas ações ilegítimas e repressivas na Venezuela terão consequências", declarou Miller.

Sem diálogo

Miller também ressaltou que o governo Maduro tem demonstrado pouca disposição para interromper a repressão contra opositores e divulgar os resultados impressos das urnas na eleição presidencial de 28 de julho.

Parecer da Venezuela

De acordo com a oposição venezuelana, Edmundo González teria vencido a eleição presidencial com base nos dados das atas das urnas. No entanto, as autoridades eleitorais, controladas por apoiadores de Maduro, anunciaram a reeleição do atual presidente. A oposição divulgou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, alegando comprovar a vitória de González. Uma análise da ONU indicou que os documentos são autênticos, mas o Ministério Público da Venezuela sustenta que as atas são falsas.

Recusa de González

Em resposta à recusa de González em comparecer a três convocações judiciais, o Ministério Público venezuelano emitiu um mandado de prisão contra ele. Essa ordem foi prontamente condenada pelos Estados Unidos, que a classificaram como "injustificada". John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, criticou a decisão, afirmando que "este é apenas mais um exemplo dos esforços do senhor Maduro para manter o poder à força".

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