Moscou foi palco de um ataque terrorista nesta sexta-feira, 22 de março, marcando um evento de extrema gravidade para a capital russa. Este ataque marca o primeiro ato de terrorismo desde o início da guerra na Ucrânia, ordenada pelo presidente Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022. Pelo menos 60 pessoas perderam suas vidas, e outras 146 ficaram feridas durante a ação, que foi reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
O QUE ACONTECEU: Considerado o maior ataque em 11 anos na capital russa, o incidente ocorreu nas proximidades do Crocus City Hall, uma sala de concertos adjacente a um shopping localizado a cerca de 20 km a noroeste do Kremlin. A banda de rock Piknik se apresentava no local, que estava lotado com todos os ingressos vendidos. Relatos da mídia local indicam que entre as vítimas do ataque havia muitas crianças. A Polícia procura os autores do ataque.
O QUE DIZ O GOVERNO: Mikhailo Podoliak, assessor presidencial em Kiev, negou qualquer envolvimento da Ucrânia no atentado. No entanto, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque em um canal do Telegram, o que sugere o envolvimento de grupos terroristas islâmicos, com padrões semelhantes a ataques anteriores na capital russa.
. As imagens chocantes do ataque rapidamente se espalharam pelas redes sociais, evocando memórias de traumas anteriores, como a tomada de um teatro por terroristas do Cáucaso no início do governo de Putin em 2002. O número de vítimas ainda não é definitivo, com cem pessoas retiradas do local após o início do ataque.
QUAL O CONTEXTO: O ataque ocorre em um momento de escalada de tensões, com o Kremlin recentemente rotulando o conflito na Ucrânia como uma guerra, abandonando o eufemismo oficial de "operação militar especial". No entanto, a Casa Branca e outros países expressaram condolências e desencorajaram quaisquer ações dentro do território russo.