Corina diz ter como provar vitória da oposição e convoca protestos na Venezuela

María Corina argumentou que, mesmo que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) decidisse que 100% dos votos restantes fossem para Maduro, isso não seria suficiente para mudar o resultado

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia | Federico Parra/AFP
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A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, afirmou nesta segunda-feira (29) que o grupo pode garantir a vitória sobre o presidente Nicolás Maduro na eleição realizada no domingo (28).

O que diz a oposição?

"Temos 73,20% das atas e, com este resultado, o nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia", disse María Corina, segundo a agência Associated Press. A líder da oposição informou que, com base nas atas de votação já obtidas, González recebeu 6,2 milhões de votos, enquanto Maduro obteve 2,7 milhões.

Argumentos

María Corina argumentou que, mesmo que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) decidisse que 100% dos votos restantes fossem para Maduro, isso não seria suficiente para mudar o resultado. González, por sua vez, pediu "calma e firmeza" na contestação do resultado e criticou a autoridade eleitoral venezuelana por fazer um "anúncio prematuro de resultados sem auditoria".

O que diz o CNE?

O CNE anunciou que Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas, mas esses números são contestados pela oposição. María Corina, que foi impedida de concorrer, alega que a oposição venceu em todos os estados.

Situação

María Corina está sendo investigada pelo Ministério Público da Venezuela por suposta tentativa de fraudar o sistema eleitoral e adulterar atas da eleição, que funcionam como boletins de urna. Tarek William Saab, chefe do Ministério Público e ligado ao chavismo, a acusou de estar envolvida em uma tentativa de ataque hacker originado na Macedônia do Norte para atingir o sistema eleitoral. A oposição acusa o governo de fraude e não reconhece a decisão do CNE de declarar Maduro como vencedor das eleições.

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