O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu sua aprovação nesta sexta-feira (15) aos planos do Exército para fazer uma invasão em Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, e refúgio para cerca de 1,5 milhão de palestinos. O gabinete não deu detalhes e não informou sobre uma data para iniciar a operação.
No mês passado, o primeiro-ministro israelense deu instruções ao Exército para elaborar plano para tirar os civis de Rafah, com a finalidade de combater o Hamas. A pretensão é, temporariamente, o Exército ocupar toda a cidade de Rafah, que representa o último reduto do Hamas e o último campo de batalha para concluir a guerra contra o grupo terrorista. A cidade também é usada como destino para milhares de estrangeiros que estavam em Gaza no início do conflito.
O QUE DIZ OS EUA: John Kirby, porta-voz dos Estados Unidos para assuntos de segurança, afirmou que não teve acesso ao plano elaborado pelo Exército de Israel, e afirmou que o país tem interesse em ver os detalhes da operação. Os EUA têm buscado um acordo para uma nova trégua entre as partes desde antes de Netanyahu anunciar a intenção da ofensiva em Rafah.
O QUE DIZ A ONU: O anúncio da invasão de Israel a Rafah foi criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e faz alerta de que o plano de invasão vai tazer graves consequências humanitárias e se manifestou contra o deslocamento forçado da população que não tem para onde ir.
"As consequências de uma operação militar em Rafah, dadas as circunstâncias atuais, seriam catastróficas para os palestinos em Gaza, representando uma crise humanitária. Esperamos que isso possa ser evitado", disse o porta-voz da Organização das Nações Unidas, Stephane Dujarric.
Desde que começou o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em razão dos tiroteios, os palestinos deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul. Eles buscaram refúgio em Rafah, região que faz fronteira com o Egito, que não permite a entrada de palestinos em seu território, a não ser em casos excepcionais.
COMO ESTÃO AS NEGOCIAÇÕES: As negociações estão em curso. O grupo terrorista Hamas apresentou nova proposta de cessar-fogo, Israel enviou uma comitiva ao Catar para dar continuidade às negociações.
MEDIDAS DO EGITO: Nas últimas semanas, o Egito reforçou a segurança e enviou cerca de 40 tanques e veículos blindados de transporte de pessoal para a área de Rafah. O envio ocorreu antes do aumento das operações militares israelenses em torno de Rafah.