Às 18h, as urnas se fecharam na Argentina, marcando o encerramento de uma eleição histórica que coloca frente a frente o ultraliberal Javier Milei e o peronista Sergio Massa. Em linhas gerais, a votação transcorreu de maneira tranquila em todo o país, com alguns relatos pontuais de problemas nas cédulas de papel de ambas as partes.
Os resultados parciais começarão a ser divulgados a partir das 21h no site oficial da Direção Nacional Eleitoral (Dine).
Ambos os candidatos exerceram seu voto por volta do meio-dia, cercados por apoiadores e jornalistas. Sergio Massa, em Tigre, cidade vizinha a Buenos Aires, enfatizou a necessidade de uma "nova etapa". "Essa etapa requer, além de boa vontade, inteligência e capacidade, o diálogo e o consenso necessários para que nosso país percorra um caminho muito mais virtuoso", afirmou.
Javier Milei votou em Almagro, na capital, com segurança reforçada para evitar incidentes como os registrados no primeiro turno. Ele expressou satisfação "apesar da campanha do medo e de toda a sujeira feita contra nós". Milei também mencionou a esperança por uma mudança positiva, enquanto fogos de artifício e um pequeno protesto de apoiadores rivais ocorriam ao fundo.
Após denúncias não fundamentadas de supostas fraudes feitas por sua coalizão política na última semana, Milei afirmou que os fiscais que o apoiam estavam corrigindo possíveis problemas com as cédulas nas urnas. "Pode ser que faltem cédulas, mas é porque estão nas urnas", explicou.
O sistema eleitoral argentino utiliza cédulas de papel, uma para cada candidato ou chapa, sendo o eleitor responsável por escolher e depositar sua opção na urna. Embora haja históricas acusações de furtos de cédulas, geralmente fiscalizadas pelos partidos, estas não costumam comprometer os resultados.
Neste domingo, representantes das campanhas de ambos os candidatos mencionaram problemas com as cédulas. A irmã de Milei, Karina Milei, denunciou o uso de boletas das eleições primárias em algumas regiões. Por sua vez, Malena Galmarini, esposa de Massa, relatou papeletas rasgadas. Ambas as partes solicitaram a validação das cédulas com problemas. Em resposta, Sebastián Schimmel, da Câmara Nacional Eleitoral, afirmou que "quando o conteúdo [do voto] é inequívoco, é considerado válido".
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