Argentina é único a votar contra resolução sobre violência contra mulheres e meninas

A decisão do governo argentino gerou forte repercussão nas redes sociais. Diversos argentinos criticaram a Casa Rosada pela postura.

Presidente Javier Milei | AFP
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A Argentina foi o único país a votar contra uma resolução das Nações Unidas (ONU) que solicita a intensificação dos esforços globais para combater a violência contra mulheres e meninas. A resolução, aprovada com ampla maioria, contou com 170 votos a favor, incluindo os de Brasil e Estados Unidos, enquanto 13 nações, entre elas Irã, Rússia, Coreia do Norte e Nicarágua, se abstiveram.

Reprodução do painel

Críticas nas redes

A decisão do governo argentino gerou forte repercussão nas redes sociais. Diversos argentinos criticaram a Casa Rosada pela postura, que consideraram um “vexame internacional”. "Mais uma vergonha do governo Milei", escreveu um usuário na plataforma X. "Vergonha para a comunidade internacional, mais uma marca do governo do imbecil do Milei", comentou outro.

Recorrência

Essa não é a primeira vez que a Argentina se posiciona isoladamente na ONU desde a posse do novo presidente. Na segunda-feira (11), o país também foi o único a votar contra uma resolução que defendia os direitos dos povos indígenas. Essa votação marcou a estreia de Gerardo Werthein como chanceler argentino, após a demissão da ministra Diana Mondino.

Demissão

A atuação da diplomacia argentina na ONU já causou repercussões recentemente. No último dia 30, o presidente Javier Milei demitiu a então chanceler Diana Mondino após o país votar favoravelmente ao fim do embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba. A resolução foi aprovada por ampla maioria na Assembleia Geral das Nações Unidas, com 187 votos a favor. Apenas EUA e Israel foram contrários, enquanto o Brasil apoiou a medida.

Auditoria

Após a demissão de Mondino, a presidência argentina emitiu um comunicado afirmando que o país atravessa “um período de mudanças profundas”, exigindo que a diplomacia nacional se alinhe com “os valores das democracias ocidentais”. O governo anunciou ainda uma auditoria no Ministério das Relações Exteriores para investigar agendas que considera "contrárias à liberdade".

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