Acordo Mercosul-UE: negociações avançam, mas enfrentam resistência

O acordo enfrenta críticas, especialmente da França. O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o texto atual como “inaceitável”

Chanceler uruguaio Omar Paganini. | Reprodução
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Os países do Mercosul sinalizaram apoio ao texto que estabelece um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE). A informação foi confirmada nesta quinta-feira (5) pelo chanceler uruguaio Omar Paganini. A oficialização do consenso deve ser anunciada nesta sexta-feira (6), durante cúpula do Mercosul, realizada em Montevidéu, no Uruguai.

Objetivos

O acordo, que visa reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação entre os dois blocos, vinha sendo negociado desde 1999. Após um consenso inicial alcançado em 2019, as conversas foram interrompidas e retomadas recentemente a pedido da Comissão Europeia, órgão responsável pela política comercial da UE.

Otimismo

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, demonstrou otimismo durante sua visita ao Uruguai, afirmando que o acordo "está à vista". Ela destacou o potencial da parceria em criar um mercado integrado de 700 milhões de pessoas e reforçou que os dois blocos serão amplamente beneficiados.

Resistência

Apesar do avanço, o acordo enfrenta críticas, especialmente da França. O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o texto atual como "inaceitável", destacando preocupações com a soberania agrícola francesa. A pressão de agricultores europeus tem sido um dos principais obstáculos para a aprovação definitiva do pacto.

Questões técnicas resolvidas

A diretora-geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, declarou que as discussões chegaram ao nível político, sinalizando que as questões técnicas já foram resolvidas. No entanto, para entrar em vigor, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos dos 31 países envolvidos.

Consequências

Se concretizado, o pacto entre Mercosul e União Europeia será um dos maiores acordos comerciais do mundo, com potencial para impulsionar o comércio e o investimento entre as duas regiões. Entretanto, as divergências internas na UE continuam sendo um desafio significativo para sua implementação.

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