No encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, nesta quinta (13), o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a sugerir a anexação da Groenlândia ao território americano e afirmou que a aquisição seria fundamental para a "segurança internacional", mencionando a presença de russos e chineses na região.
Declaração
"Acho que vai acontecer. Precisamos disso para a segurança internacional", declarou o republicano, em vídeo divulgado pela Casa Branca.
Posicionamento
Rutte evitou se posicionar diretamente sobre a questão da anexação, mas reconheceu a importância estratégica do Ártico. "Sobre a Groenlândia se juntar ou não aos EUA, eu me mantenho fora dessa discussão. Mas você está certo ao dizer que chineses e russos têm interesses na região", afirmou. A fala ocorre dias após Trump declarar que os Estados Unidos obterão controle da ilha "de um jeito ou de outro".
Reação
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, rebateu as declarações, reafirmando a autonomia do território, que pertence à Dinamarca. Ele destacou que os habitantes da ilha não desejam ser nem americanos nem dinamarqueses. Além disso, o partido oposicionista Demokraatit venceu as eleições parlamentares na última terça-feira (11), defendendo uma independência gradual da Dinamarca, em oposição à coalizão governista.
Pesquisa
Apesar das declarações de Trump, pesquisa realizada na Groenlândia no final de fevereiro indicou que apenas 6% da população local apoia a incorporação aos Estados Unidos. A maioria dos habitantes segue defendendo a autonomia da ilha, em meio à crescente disputa geopolítica no Ártico. (Com informações do G1)