Recentemente, um caso um tanto quanto diferente acabou chegando as portas do batalhão da Polícia Militar de São Paulo. Um grupo de três mulheres chegou à delegagia arrastando um homem que, de acordo com elas, estaria assediando as passageiras dentro de um transporte público. O homem suspeito de assediar sexualmente as passageiras foi agredido com socos e chutes por pelo menos menos duas mulheres.
De acordo com o depoimento das mulheres à policia, o homem teria sido arrastado na avenida Senador Teotônio Vilela, localizada próximo ao autódromo de Interlagos, na zona sul de são Paulo. O acontecimento foi registrado em vídeos feitos por outros passageiros do transporte. Nas imagens, é possivel ver que o homem estava sentado em um dos bancos enquanto era atacado com xingamentos, socos e chutes dados pelas duas mulheres. O homem não reagia nem revidava as agressões.
Em um outro vídeo feito por uma das testemunhas, o homem já é visto do lado de fora de ônibus e próximo à portaria de um batalhão da PM. Ele é visto caído no chão, recebendo chutes, quando de repente as duas mulheres o suspendem pela camisa e o arrastam por alguns metros até a entrada da delegacia. Durante o trajeto uma terceira mulher acompanha as outras duas segurando uma mochila que possivelmente seria do abusador.
As autoridades não sabem informar exatamente a data do ocorrido, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) a Polícia Militar teria sido procurada pelas três mulheres arrastando o suspeito na manhã da última segunda-feira (31). Já a SPTrans, o órgão responsável pelo transporte público da cidade, relatou que a ocorrência teria ocorrido no horário das 15h30 do sábado (29).
Após o caso, a SSP disse em nota que durante o atendimento os PMs orientaram as mulheres para que registrassem um boletim de ocorrência contra o homem, e explicaram sobre o processo e a importância do registro. Apesar disso, as mulheres teriam afirmado que não possuiam tempo para registrar o boletim por conta de suas obrigações pessoais do dia e não realizaram a denúncia de forma correta.
Como o processo não foi concluído, o homem acabou sendo liberado logo em seguida. A SPTrans ainda afirmou em comunicado que repudiavam qualquer manifestação de assédio dentro de transportes públicos, e prometeram melhorar na prevenção e no combate aos casos de violência sexual nos ônibus do sistema municipal de transporte.