Desde sexta-feira (17), as fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul provocaram uma série de desastres, incluindo desabamentos, deslizamentos de terra, interdições de estradas e cortes de energia elétrica em cerca de 45 cidades do estado. A situação é mais crítica nas regiões da Serra, Região Metropolitana de Porto Alegre e Vale do Taquari, que já enfrentaram os impactos de um ciclone extratropical em setembro, resultando em mais de 50 mortes.
O governador Eduardo Leite (PSDB) emitiu um alerta para os residentes do Vale do Taquari, pedindo que deixem suas casas diante do aumento do nível do Rio Taquari. O rio atingiu 25,04 metros em Lajeado, ultrapassando a cota de inundação e forçando a evacuação de pelo menos 30 famílias.
A cidade de Gramado, na Serra, também foi duramente atingida, com ruas alagadas e o desmoronamento de uma casa que resultou na morte de duas mulheres, Elisabeta Maria Benisch Ponath, de 51 anos, e Lidowina Lehnen, de 86 anos. Outras duas pessoas que residiam no local foram resgatadas com ferimentos leves.
A situação se agrava com o desaparecimento de um motorista em um alagamento na RS-437, na Serra, próximo a Antônio Prado. As equipes de resgate, incluindo mergulhadores de Porto Alegre, estão em busca do desaparecido, enquanto as autoridades alertam para evitar a circulação em rodovias alagadas.
Milhares de moradores ficaram sem energia elétrica, sendo que 100 mil clientes da concessionária RGE e 59 mil da CEEE Equatorial foram afetados. Além disso, 31 estradas estaduais estão bloqueadas, com 19 delas totalmente interditadas, somando-se a oito rodovias federais com restrições.
As cidades de Caxias do Sul e Igrejinha declararam situação de emergência devido aos estragos causados pelas chuvas, incluindo deslizamento de terra na BR-470, entre Garibaldi e Bento Gonçalves, que resultou no bloqueio total da via. O cenário é desafiador, e equipes de resgate e assistência estão mobilizadas para lidar com as emergências em diversas localidades do estado.
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