A deputada Flordelis (PSD-RJ) pediu a colegas deputados que "pelo amor de Deus" não cassem seu mandato. Ela enviou uma mensagem a grupos de WhatsApp de parlamentares e se disse inocente da acusação de ter mandado assassinar o marido.
"Querem caçar [sic] meu mandato venho aqui pedir a vocês pelo amor de Deus não deixem que façam isso comigo eu juro que vou conseguir provar a minha inocência e que vocês não se arrependerão de me ajudarem", escreveu no grupo da bancada feminina da Câmara na madrugada de hoje (28).
A mensagem foi confirmada por parlamentares que integram o grupo — até esta tarde nenhuma das participantes havia se manifestado sobre o pedido. O texto foi enviado também para grupos da bancada do partido e da bancada estadual.
Ela foi denunciada, nesta semana, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sib a acusação de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019. O pedido de prisão feito pelo MP não foi aceito porque a parlamentar tem imunidade parlamentar.
Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica.
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Na mensagem a deputada pediu ajuda e disse que foi denunciada por coisas que não fez. "Não matei meu marido e não mandei matar. Fui indiciada por mensagens que não escrevi".
Flordelis disse que há políticos se aproveitando de sua situação e que seu caso é tratado com "sensacionalismo" pela imprensa.
Ela escreveu ainda que não sabia que o marido "estava fazendo coisas que serão reveladas e provadas nos próximos dias", sem especificar ao que se referia.
A deputada afirmou que está vivendo com quase metade do salário porque fez empréstimo para quitar a casa, financiada em nome de terceiros, e disse que "depende de cesta básica para viver". O salário de um parlamentar é de R$ 33,7 mil. Há ainda direito a verbas para custear gastos do mandato e a um imóvel funcional — uma neta de Flordelis, também acusada de envolvimento no crime, foi presa no imóvel a que a deputada tem direito em Brasília.
"Eu não fui julgada nem condenada fui indiciada denunciada pela promotoria tenho direito de lutar para provar minha inocência mas se caçarem meu mandato estão me tirando o direito de lutar porque vou para prisão", escreveu ela em mensagem aos deputados.
(Por: UOL)