Enfermeiro acusado de estuprar cunhada diz que os dois tinham um caso

Segundo Ricardo da Silva Paz, ele e a vítima já tinham um caso extraconjugal há um ano e três meses e existem conversas em sua conta no WhatsApp que podem provar sua defesa.

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O enfermeiro Ricardo da Silva Paz, que foi preso na última quinta-feira (03), acusado de dopar e estuprar a própria cunhada dentro de um hospital particular de Teresina, concedeu entrevista ao portal Pauta Judicial dando detalhes a respeito do caso que tomou grande repercussão nos últimos dias na capital. 

Segundo o acusado, ele e a vítima já tinham um caso extraconjugal há um ano e três meses e existem conversas em sua conta no WhatsApp que podem provar sua defesa.  “Eu já vinha tentando me afastar porque me esposa já vinha desconfiando, querendo desconfiar e por medo de perder minha família. Eu estava tentando me distanciar; tentando me sair dessa situação que estava me deixando em uma situação ruim. Essas provas já estão nas mãos do advogado, que já está fazendo tudo que é para ser feito, para provar minha inocência”, disse. 

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Enfermeiro Ricardo da Silva Paz (Créditos: TELSÍRIO ALENCAR/PAUTAJUDICIAL )

O enfermeiro teve sua prisão decretada na última quarta-feira (03), pelo juiz de Direito José Olindo Gil Barbosa, da 5ª Vara Criminal (Maria da Penha) da Comarca de Teresina.A decisão ocorre após o pedido de prisão da delegada Vilma Alves ter tido parecer favorável. A prisão é temporária, tendo o prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogada pelo mesmo período em caso de extrema e comprovada necessidade. O juiz explica que a prisão temporária ocorre durante a fase de investigação do Inquérito Policial e que, no geral, é usada para a coleta de provas.

Ricardo da Silva Paz alega que a vítima tomava remédios e já vinha brigando com seu esposo. “Ela tomava as medicações para justamente ter que esperar o esposo chegar em casa para não brigar. Tem lá em uma das conversas inclusive, que a gente vai anexar ao processo, que ela diz que toma 4 medicações. 1 medicação só e 4 comprimidos”, disse na entrevista. 

 

Sobre a possível relação sexual dentro do hospital, o acusado não negou, mas voltou a reafirmar o relacionamento dos dois sem a necessidade de um ato sem consentimento. “É complicado. É complicado dizer. Seria bem mais fácil se perguntasse até mesmo a ela. Porque ela me acusou de estupro já quando a gente tinha um relacionamento extraconjugal”. Questionado sobre não haver a necessidade do estupro nessa situação, o acusado confirma: “Justamente, justamente. Onde os dois querem, não tem estupro, não é isso?”, disse. 

O enfermeiro revelou ainda que sua consciência está limpa diante de toda a situação, mas que tentou até tirar a própria vida quando foi informado das acusações. “Na realidade eu surtei quando fiquei sabendo do episódio. Entrei em um quadro de depressão grave, um surto grave e tentei tirar minha vida por 3 vezes. Minha consciência tá limpa, mas a integridade está morta. Perante a sociedade eu não tenho mais integridade”, finalizou. O enfermeiro segue à disposição da justiça em um distrito policial da capital. O caso ainda está em investigação pela Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Proteção dos Direitos da Mulher (DEAM). 

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