Inaugurada em março deste ano, a ZPE de Parnaíba, subsidiária da Investe Piauí, se prepara para, além de ser um ecossistema de empresas tradicionais, também ser uma referência na área da tecnologia e inovação, com ênfase na exportação de serviços, uma tendência mundial já presente no Brasil.
Com vista a esses objetivos, a ZPE do Piauí conta com um HUB tecnológico formado por seis startups da área de tecnologia focadas na inovação e que poderão ser as primeiras empresas de exportação de serviços a partir do Piauí. Visando impulsionar essas áreas, o presidente da Investe Piauí, Victor Almeida, tem buscado a absorção de experiências internacionais, especialmente da Espanha da Estônia, países conhecidos por desenvolverem HUBs tecnológicos de alta performance, a fim de incrementar este setor na ZPE Parnaíba.
A exportação de serviços está prevista no novo Marco Legal das ZPEs, que é a Lei Federal nº 14.814, de 14 de julho de 2021. Atualmente, a ZPE Parnaíba conta com um HUB tecnológico formado por seis startups da área de tecnologia focadas na inovação que poderão ser as primeiras empresas a exportarem serviços a partir do Piauí. As startups já instaladas são Coqueiro Mídia, Escritha, Ubiz car, Raibow, Higia Technology, Colins, Exata Engenharia e Robótica Tron Technoly.
ZPE piauiense é a segunda a entrar em operação no Brasil
Segundo o diretor presidente da Companhia Administradora da ZPE Parnaíba, Paulo Cardoso, a ZPE piauiense é a segunda a entrar em operação no Brasil. “A ZPE Parnaíba será a primeira a sintonizar com essa tendência mundial de exportação de serviços, aproveitando as infinitas possibilidade trazidas pelos avanços da tecnologia da informação no mundo”, explicou Paulo Cardoso.
Com o advento da Investe Piauí, a ZPE Parnaíba pode ser concluída num momento especial, após a aprovação do marco legal do setor, no ano passado, onde aprovou-se a oportunidade de exportação de serviços por meio de Zona de Processamento de Exportação. “O Estado do Piauí está apostando na ZPE como importante instrumento de transformação do quadro socioeconômico, gerando oportunidades e riquezas.
Além da área de tecnologia e serviços, a ZPE de Parnaíba reflete, segundo Paulo Cardoso, o perfil da economia do Piauí, com foco no agronegócio, nos fármacos químicos, nas ceras vegetais, nos pescados e frutos do mar. Portanto, tem uma forte ligação com as potencialidades e vocação do Piauí.
"As ZPEs foram criadas para trazer desenvolvimento para regiões onde estão instaladas", disse, enfatizando que elas garantem oportunidade de instalação de empresas de exportação de serviços, não somente na área de tecnologia, mas em diversos segmentos, como serviços de arquitetura, de engenharia, da advocacia e de saúde. “Temos trabalhado em conjunto com o Dr. Victor Almeida, na atração de investimentos em todos esses setores”, prosseguiu.
Saúde é um dos destaques
Um dos segmento em destaque é o as saúde com o crescimento da telemedicina, podendo ser este um dos serviços possíveis de serem exportados a partir da ZPE. Paulo Cardoso e Victor Almeida tem estabelecido diálogos com diversas empresas que atuam no segmento.
Para Paulo, a ideia central da ZPE é proporcionar cultura de exportação simplificada, como preconiza o Plano Nacional da Cultura Exportadora simplificada. Essa estratégia vai permitir o crescimento das exportações de produtos e serviços no estado, sempre dialogando com as cadeias produtivas.
"Não podemos desfocar do diálogo com as cadeias produtivas do Estado, proporcionando um ambiente de desenvolvimento sustentável", disse Paulo, declarando que toda cadeia produtiva precisa de tecnologia para que haja interação e desenvolvimento mais acelerado. "A introdução de plataformas ligadas a mecanismos de melhoramento do agronegócio melhora atendimento do fármaco químicos", diz.
Demanda mundial
Segundo o diretor as empresas e startups que atuam na ZPE estão inseridos na demanda mundial. "A mesma necessidade que temos aqui são também das pessoas que estão na Ásia, Europa, Estados Unidos e outros lugares do mundo", diz, afirmando que que a perspectiva é fazer da região da ZPE de Parnaíba um vale desenvolvimento tecnológico.
"No Nordeste, Recife tem um ambiente parecido com o nosso", diz, explicando que pequenas atividades vão se desenvolvendo e atraindo investimentos e investidores. "É importante frisar que o crescimento das atividades industriais em exportação na ZPE terá importância fundamental para balança comercial do estado do Piauí", garante Paulo.
"Tudo está sendo planejado e a ideia é criarmos vale do desenvolvimento", diz. A proposta é reunir indústrias de serviços que estão funcionando, com empresas de serviço de tecnologia, agregando num só ambiente, um grande centro de produção de desenvolvimento e economia.
Empresas
Paulo Cardoso exemplifica que a ZPE tem duas indústrias instaladas, Agrocera, empresa produtora e exportadora de cera de carnaúba e a Ecopellets, que produz Pelletes e Briquetes que são fontes energéticas. Ele cita ainda que há quatro projetos aprovados para instalação a curto e a médio prazo e também há 10 indústrias de produtos com projetos em análise. Sobre as startups, Paulo Cardoso informa que a Tron tem vocação forte com as impressoras em 3D, tecnologia de réplicas e atua na área de educação, com bastante prospecção de investimento internacional.
A Collins apresenta um portfólio diversificado com vocação para educação. A UbizCar é uma plataforma de gerência e locação de veículos, a Escritha produz software na área de educação, atuando como plataforma de gestão em educação. "A indústria de serviços vem para complementar a indústria", afirma Paulo.