Sudene viabiliza novos voos para o Nordeste e inclui 4 cidades do Piauí

Das treze novas rotas estão incluídas as cidades de São Raimundo Nonato, Picos, Bom Jesus e Corrente.

Definição de voos | Agnelo Camara
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Fazer o Nordeste voar mais alto no mercado nacional de aviação foi um dos objetivos do encontro promovido pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) entre prefeituras e empresas aéreas que operam voos regionais na área da autarquia federal. A ação é mais um passo dado pela superintendência para viabilizar a ampliação da oferta de voos pelo Nordeste, a partir da criação de rotas que interliguem as regiões geográficas intermediárias e gerem novas oportunidades de negócios.

O encontro contou com a presença da equipe técnica da Sudene, liderada pelo superintendente da autarquia, General Araújo Lima, além de gestores dos municípios de Arapiraca (AL), Feira de Santana (BA), São Mateus (ES), Balsas (MA), Governador Valadares (MG), Cajazeiras (PB) e Petrolina (PE). Pelo setor aéreo, estiveram representantes das empresas Azul e Gol.

“Essa reunião de hoje é a continuidade de um trabalho de meses, em que elaboramos um plano para melhorar a malha aérea do Nordeste para facilitar as movimentações, atrair investimentos e empresas na região. E hoje, aproximamos as empresas aéreas dos prefeitos. A partir daqui, aperfeiçoamos algumas linhas de ação e obtemos subsídios para uma discussão mais ampla com os governos estaduais e o Governo Federal”, explicou o general Araújo Lima.

A proposta apresentada pela Sudene pretende criar novas rotas de vôos de forma a incrementar a atividade econômica e intensificar a atuação dos aeroportos regionais como pontos estratégicos para a integração modal. A análise dos aeroportos regionais feita pela Sudene utilizou a base de dados do IBGE cidades, do Plano Aeroviário Nacional (PAN) 2018 - 2038, da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, além de informações de sites oficiais sobre operações de voos comerciais. 

Reunião define novas rotas de voos para o Nordeste (Agnelo Câmara)

O estudo balizou a criação de 13 novas rotas: Sobral e Iguatu (CE); Balsas e Bacabal (MA); São Raimundo Nonato, Picos, Bom Jesus e Corrente (PI); Cajazeiras (PB); Arapiraca (AL); Feira de Santana e Paulo Afonso (BA) e São Mateus (ES).

Na avaliação da Sudene, os terminais aéreos nestas cidades possuem localização estratégica junto aos principais corredores logísticos do Nordeste.

O encontro realizado na sede da autarquia em Recife ofereceu aos prefeitos participantes a oportunidade de apresentar as demandas e os potenciais das cidades para o setor aéreo.

“Existe a necessidade de encurtar as distâncias e custos. A integração de sistemas é extremamente necessária. Queremos contribuir no que for possível para potencializar a viabilidade econômica dessas medidas”, adiantou o prefeito de Feira de Santana (BA), Colbert Martins.

“Temos tido uma demanda altíssima de voos para o município. Temos 283 mil habitantes, com oferta de serviços para um público de mais de 800 mil pessoas. Vemos no futuro a rota de cargas como uma ação fundamental. A rota para Valadares é fundamental para a atração de investimentos para a cidade”, apontou a secretária municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Governador Valadares (MG), Beatriz Pereira de Almeida.

As empresas presentes destacaram que há um grande potencial consumidor nas localidades apontadas pela Sudene. O desafio, segundo as operadoras, é encontrar uma solução para a redução dos custos operacionais dos voos nestes municípios. “A infraestrutura é um indutor da economia local. É importante que a inciativa estatal promova a indução das melhorias neste sentido. Mas nós buscamos tornar o custo competitivo mais baixo para justificar a entrada destes voos. Precisamos entender onde estão as soluções para a sustentabilidade dos negócios”, explicou o executivo de Relações da Indústria e Assuntos Governamentais da Gol Linhas Aéreas, Ciro Camargo.

A Sudene promoveu oficinas de integração entre os prefeitos participantes e as companhias aéreas. Foram registradas sugestões das empresas aos governos locais. A equipe técnica da Sudene acompanhou os debates para, a partir das informações levantadas, aperfeiçoar os estudos já realizados e promover novas articulações.

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