Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), nesta quinta-feira, 29, apontam que o Brasil obteve saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada no mês de maio. No período de janeiro a maio, foram abertos 865 mil empregos formais, atingindo um estoque de mais de 43 milhões. O relatório também traz informações dos estados e o Piauí é destaque por liderar pelo terceiro mês consecutivo a abertura de novos empregos no Nordeste, com uma variação de 0,83%.
Conforme os dados, no mês de maio, o estado registrou 12.707 novos empregos e no mesmo período foram registrados 10.039 desligamentos, resultando num saldo de 2.668, uma variação de 0,83%. No âmbito nacional, conforme o relatório do Caged, o estado está em terceiro lugar, atrás apenas do Espírito Santo, com variação de 1,64% e do Pará, com 0,84%.
Pelo seu desempenho, o Piauí está à frente de Minas Gerais, Pará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco, dentre outros. Entre as atividades econômicas que mais se destacaram na abertura de novos empregos no estado estão educação, infraestrutura, energia e telecomunicações, indústria de biocombustíveis e agricultura.
Acumulado
Com relação ao estoque de emprego formal, de acordo com relatório do Caged, o Piauí obteve maior crescimento do que os apresentados pelo Brasil e pela Região Nordeste, chegando à 7ª posição no ranking nacional, com um total de 8.395 empregos gerados nos primeiros cinco meses do ano, apresentando uma variação de 2,68%, sendo a melhor classificação dentre todos os estados do Nordeste.
O relatório traz ainda os municípios que mais se destacaram na geração de emprego formal durante o mês, em que Teresina aparece na liderança com 1.304, seguidas de Pajeú do Piauí (379), Piripiri (272), União (153), Picos (120) e Floriano (61). No balanço do acumulado do ano se destacam os municípios de Teresina (2.930), Piripiri (910), Pajeú do Piauí (582) e União (480).
No Nordeste, a variação do estoque foi positiva com mais estabilidade, em 0,21%. O saldo líquido da região foi de 14.683 novos empregos. O grupamento de Serviços foi o que impactou no aumento de contratações, com saldo de 14.464 vínculos adicionais. Já a Indústria (-8.134) subtraiu postos de trabalho formalizados em relação ao estoque do mês anterior.
Análise do ministro
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os dados são positivos, no entanto, os números ficaram abaixo da expectativa, que era de 180 mil empregos e atribuiu o desempenho aquém do esperado à política de juros altos praticada pelo Banco Central. Ele responsabilizou as autoridades monetárias pelo resultado abaixo do que era esperado e ressaltou que a taxa de juros sacrifica o país.
"O que frustrou um número ainda melhor – o número é positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é desprezível de saldo positivo para o mês de maio – porém as nossas previsões eram para números ainda maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva a esse processo. É exatamente a ausência de crédito e, portanto, a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados."