Um dos meses mais festivos do ano, junho é tempo de festa no Brasil, especialmente no Nordeste. Os pratos típicos juninos são especiais e nesta época do ano, escolas, lojas, empresas, supermercados têm estratégias para cativar o cliente.
Hudton Bandeira, gerente de Marketing do Grupo Mateus, diz que a rede oferece ao cliente uma experiência do São João adaptada.
"Buscamos trazer para os nossos clientes a experiência do São João adaptando à nova realidade que vivemos. Montamos em nossas lojas barraquinhas temáticas de comidas típicas onde o cliente escolhe pratos salgados e doces para comer em casa. A decoração também alivia um pouco da saudade do nosso São João. Percebemos que os clientes continuam atrás dos produtos tradicionais como milho, vinagreira, coco e outros ingredientes para fazer suas receitas em casa. Então, mesmo sem festa, o Grupo Mateus segue oferecendo opções de qualidade com preços especiais pro nosso cliente aproveitar o arraial com segurança e mesa farta", diz Hudton.
Consumo
Este ano está sendo diferente de 2020, pois segundo Milton Bento, diretor de operações de expansão e logística do Grupo Vanguarda, o ano passado era maior o número de restrições com circulação de pessoas e horários de funcionamento.
Embora a pandemia, em 2021, esteja numa situação mais complicada em relação a mortes, contágios e internações, os governos estadual e municipal optaram por maior flexibilização. "Ainda que não se façam aglomerações, a circulação em supermercados aumentou", declara Milton Bento.
O consumo está pleno e não há dificuldades para os produtos típicos da época e a própria campanha de marketing do grupo tem como foco O São João dentro da gente. "Mesmo que não seja possível o ajuntamento para dançar e ouvir música, aqui no Nordeste não deixamos de comemorar o São João, o que faz com que os produtos típicos da época como algumas frutas, milho, amedoim tenham uma boa saída com o trabalho bastante agressivo de exposição em todas as lojas", diz o gerente, declarando que essa estratégia facilita a experiência de compra dos clientes.
2021 é melhor para o comércio
O ambiente de negócios é bom para os supermercados. "2021 está mais comercial, o impacto sobre os negócios do mês de junho de fato são muitos bons", diz.
Apesar da gravidade da pandemia em 2021, os supermercados não fecharam nos fins de semana e funciona em horário normal e por conta disso, houve o crescimento de vendas entre 8% a 10%. Milton lembra que ano passado havia um comportamento diferente, pois uma pessoa se dirigia ao supermercado para fazer as compras para várias pessoas. Este ano, os consumidores estão saindo com mais frequência.
Para atrair a atenção da clientela, as redes apostam em promoções com foco nos produtos sazonais. Essa é uma realidade do Brasil e do Nordeste e, de acordo com Milton, há promoções dos produtos derivados do milho, farináceos e mercadorias originárias do amedoim e ainda algumas bebidas, vinhos.
Empresas enfrentam desafios
A pandemia ainda não acabou e os estabelecimentos comerciais têm como desafio a garantia da higienização e a segurança para todos os clientes. "Temos pontos de higienização na entrada das lojas, nos carrinhos e cestas. Penso que o mais difícil não é implantar essas regras, mas é garantir a manutenção e todos os cuidados. Temos que insistir e persistir observando esses protocolos", declara Milton.
Com sua experiência, o gerente de logística diz que o público está mais flexível, já que algumas pessoas esquecem as máscaras. "Para este caso, temos máscaras para oferecer na porta da loja para que a pessoa tenha acesso à loja", diz, declarando que felizmente, a aplicação de vacinas, mesmo de forma lenta, vem ocorrendo.
Para Milton não é momento de abrir mãos dos cuidados essenciais. "Nosso foco é garantir os procedimentos de segurança alimentar e de segurança contra o vírus, daí a importância do uso de máscaras e a higienização dos equipamentos", diz, enfatizando que o consumidor não pode diminuir a disciplina.
Impacto nas receitas
Milton Bento diz que as pessoas estão consumindo. O Brasil vive um momento difícil financeiramente, em que as classes C e D, em sua maioria, dependem do auxílio emergencial e outros benefícios, pois o desemprego atinge altos índices no País.
Volume de negócios é maior nos primeiros 10 dias
Por sua experiência, Milton diz que de 1 a 10, quando ocorrem maior parte dos pagamentos, há um consumo maior. Depois dessa data há redução e o consumo fica mais centralizado nas classes A e B. "Nós acreditamos que até o final do ano, com a vacinação, possamos ter uma vida mais próxima do normal", relata.