Microempresas abriram 293,2 mil postos de trabalho

Por outro lado, as médias e grandes empresas extinguiram 193,6 mil vagas no mesmo período.

Empregos | Divulgação
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É inegável que os dois últimos anos têm sido difíceis. No entanto, segundo Carlos Jorge, gerente da Unidade de Gestão do Sebrae no Piauí, nem tudo é tragédia. Afinal, os grandes problemas mundiais, como a Covid-19, trazem aprendizado.

No cenário de pandemia, ficou claro que as micro e pequenas empresas movimentaram o mercado. De acordo com Carlos Jorge, elas fecharam 2020 com o saldo positivo de 293,2 mil postos de trabalho abertos. "O setor, que acumulava saldo negativo até o mês de outubro, se recuperou e reverteu a perda de postos de trabalho causada pela pandemia", comenta.

Já as médias e as grandes empresas extinguiram 193,6 mil postos de trabalho. Com isso, o saldo final foi de 142,7 mil empregos gerados no país durante o ano, demonstrando mais uma vez a importância dos pequenos negócios na economia brasileira.

Carlos Jorge informa que em dezembro de 2020, as micro micro e pequenas empresas do comércio foram as que lideraram a criação de novos empregos, gerando 48 mil novas vagas; seguidas pelos negócios do setor de serviços, que geraram 16,4 mil vagas. 

"Nos demais setores de atividade, as micro e pequenas registraram perdas. Já no resultado anual, as empresas do setor que mais geraram empregos foram as de construção civil, com 136,5 mil empregos, 46,6% do total de empregos criados por todas no ano".

Para compreender melhor esse cenário, Carlos Jorge diz que o impacto da pandemia no comportamento online das pessoas ajuda entender quais setores e empresas foram mais e menos afetados do início da pandemia até o presente momento. 

"O setor aéreo, foi um dos que mais sofreu neste cenário. Por outro lado, os serviços que ajudam no trabalho em casa e no entretenimento se destacaram positivamente neste cenário. Já entre os segmentos com maior impacto positivo durante essa pandemia estão as plataformas de trabalho remoto (ex: zoom) e os serviços de streaming (ex: Netflix). Com certeza essa é uma tendência que  deve se manter em alta mesmo após a pandemia. Também o delivery de comida, supermercados, farmácias, petshops, serviços de saúde e serviços automotivos estão entre os negócios menos afetados com a pandemia, principalmente por serem considerados serviços essenciais", disse. 

Outro destaque foi o crescimento de 68% nas vendas através do comércio eletrônico em comparação com 2019, elevando a participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que passou de 5% no final de 2019 para um patamar acima de 10% em alguns meses do ano passado.

Carlos Jorge diz que pequenas e micro tiveram saldo positivo na geração de emprego

Adaptação ao 'novo normal' determinará o sucesso em 2021

Diante da situação de pandemia ainda não controlada, Carlos Jorge diz que o cenário é incerto. "A criação de novos negócios será fundamental para impulsionar a recuperação econômica no próximo ano. Além disso, toda crise tem suas oportunidades, e quem entender primeiro as novas necessidades do consumidor vai sair na frente em 2021", informa.

Os negócios em alta para 2021 são aqueles capazes de se adaptar ao “novo normal” e prosperar em um mundo pós-pandemia. Logo, quem pensa em abrir um negócio daqui pra frente, pode fazer parte dos brasileiros que vão impulsionar a retomada da economia e explorar a nova realidade do mercado. 

"Os negócios em alta para investir em 2021 estão ligados a setores como tecnologia, delivery e vida saudável — um reflexo dos novos hábitos de consumo pós-pandemia", diz Carlos Jorge. 

Pequenos negócios geraram mais empregos para o Brasil

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