O dólar comercial fechou em forte alta nesta segunda (16), vendido a R$ 6,094, com avanço de 0,99%. A cotação atingiu o maior valor nominal desde a criação do Plano Real, em 1994, mesmo após o Banco Central (BC) realizar diversas intervenções no mercado cambial, incluindo a venda de US$ 1,6 bilhão das reservas internacionais e uma operação de recompra de US$ 3 bilhões.
Bolsas
No mercado de ações, o índice Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,84%, aos 123.560 pontos, registrando o menor nível desde o fim de junho. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de baixa, pressionado tanto por incertezas internas quanto pelo cenário internacional, que aumentaram a aversão ao risco entre os investidores.
Contexto interno
Internamente, o mercado foi impactado pela expectativa em torno da votação do pacote de corte de gastos na Câmara dos Deputados, em meio à liberação de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares pelo governo para acelerar a aprovação da medida. No exterior, a proximidade da reunião do Federal Reserve, que definirá mudanças na taxa de juros dos Estados Unidos, e declarações do presidente eleito Donald Trump sobre possíveis tarifas a produtos brasileiros adicionaram pressão ao câmbio.
Tensão
As tensões reforçam a busca por proteção em ativos mais seguros, como o dólar, elevando a moeda americana frente ao real. Já a bolsa brasileira reflete a cautela diante das incertezas fiscais e políticas, enquanto agentes aguardam desdobramentos que possam influenciar a confiança do mercado. (Com informações da Agência Brasil)