Lula sanciona regulamentação da reforma tributária; veja como vai ficar!

O novo modelo substituirá cinco tributos atuais (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins), com implementação gradual a partir de 2026.

Presidente sanciona regulamentação da reforma tributária | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Lula (PT) sancionou, nessa quinta (16), a primeira lei que regulamenta a reforma tributária. Durante a cerimônia, Lula destacou a importância da democracia e a necessidade de enfrentar a desinformação. Segundo ele, "não temos que ter medo de enfrentar as mentiras das fake news", em referência ao papel do debate público na proteção da governança democrática.

Nova lei

 🚦📜 A lei sancionada detalha as regras para os três novos tributos sobre consumo criados pela reforma tributária aprovada em 2023. Os impostos incluem: 

. CBS (imposto estadual), 

. IBS (municipal), 

. Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. 

O novo modelo substituirá cinco tributos atuais (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins), com implementação gradual a partir de 2026.

Vetos

Sob recomendação da Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente vetou alguns trechos do projeto. Entre os vetos estão: 

a isenção de fundos de investimento e patrimoniais;

a exclusão do Imposto Seletivo para exportações de bens prejudiciais; 

a criação da Escola de Administração Fazendária (Esaf). Esses pontos, considerados inconstitucionais ou inadequados, voltam ao Congresso para avaliação.

Benefícios

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que os benefícios da reforma serão percebidos no longo prazo. Ele afirmou que este será "o maior legado da economia que o presidente Lula entregará ao povo brasileiro". Já o secretário Bernard Appy classificou a reforma como uma "revolução no sistema tributário", destacando o potencial de aumentar a renda em 10% além do crescimento do PIB em 10 a 15 anos.

Como será?

No primeiro ano de transição, a arrecadação dos novos tributos será apenas simulada, com notas fiscais indicando alíquotas-teste sem cobrança efetiva. Empresas deverão adaptar seus sistemas para emitir documentos fiscais com a CBS (0,9%) e IBS (0,1%), testando a eficiência do novo modelo antes de sua implementação completa em 2033.

Definição de alíquotas

Para concluir a regulamentação, ainda é necessário aprovar projetos de lei que definam as alíquotas do Imposto Seletivo, a distribuição da receita do IBS e a regulamentação de fundos regionais, como o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia. Além disso, o Ministério da Fazenda trabalha na elaboração de normas complementares para disciplinar o IBS e a CBS.

Senado

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, celebrou o avanço da reforma, descrevendo-a como "a possível de ser feita". Ele ressaltou que o esforço coletivo para superar dificuldades fiscais prevalecerá sobre discursos desinformados e criticou aqueles que, segundo ele, "enganam a população brasileira".

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