A juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal de Brasília, deu prazo de 72 horas para que o governo federal se manifeste sobre o aumento do preço dos combustíveis anunciado na quinta-feira (10), pela Petrobras, e que passou a valer nesta sexta (11).
A ação civil pública foi ajuizada pelo Conselho Nacional do Transporte de Cargas (CNTRC), sindicatos dos transportadores autônomos de cargas de Guarulhos e de Jundiaí e a Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, que reúne 235 deputados e 22 senadores.
"Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras", informou a estatal, em comunicado divulgado na véspera.
As entidades pedem a suspensão imediata do reajuste nos combustíveis e gás de cozinha:
-18,8% de aumento na gasolina
-24,9% de aumento no litro do diesel
-16,1% de aumento no gás de cozinha vendidos às distribuidoras
O despacho com o pedido de informações para que a Justiça Federal decida sobre o pedido de liminar foi feito nesta sexta-feira (11). O prazo de 72 horas para que o governo e a Petrobras se pronunciem termina na próxima segunda (13).
O que diz Jair Bolsonaro
Embora frequentemente repita que não interfere na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou durante live nesta quinta-feira (10) que, "se resolvesse", daria "murro na mesa" para obrigar a estatal a reduzir os preços dos combustíveis.
"O Brasil é autossuficiente em petróleo. Não precisava estar sofrendo como sofre hoje em dia se não fossem políticas erradas lá de trás", disse Bolsonaro. "Alguns querem que eu vá lá na Petrobras dar um murro na mesa e resolva. Não é assim. Se resolvesse, até faria. Mas não vai resolver, vai piorar a situação. Estamos devagar — ou na velocidade do possível — buscando alternativas", declarou