Indicado para o BC, Galípolo diz que meta é baixar juros

Proposta é criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços de maneira adequada.

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Economista Gabriel Galípolo | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, economista Gabriel Galípolo, indicado pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), disse que reduzir os juros é o desejo de todos.  Questionado se sua indicação visa garantir a redução da Selic, atualmente em 13,75% ao ano, ele declarou que não necessariamente.

“Eu acho que todo mundo quer abaixar os juros. Eu tenho convicção de que toda a diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional nem pessoal, de ter um juro mais alto. Tenho absoluta convicção disso”, afirmou Galípolo durante entrevista na sede da Fazenda.

Após ter seu nome anunciado por Fernando Haddad para Diretoria de Política Monetária, Calípolo que a proposta, com sua indicação, é “tentar criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e que o Banco Central possa sancionar essa redução de juros”.

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Galípolo será sabatinado no Senado e caso seja aprovado vai ter mandato de 4 anos no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, órgão que define a taxa básica de juros da economia. O patamar atual é considerado muito alto, o que tem gerado críticas do atual governo.  O presidente Lula, por exemplo, tem atacado a decisão do Copom e afirmou que o BC tem autonomia, mas não é intocável.

Em 2021, durante o governo Bolsonaro, foi aprovada uma lei que garantiu autonomia ao Banco Central para fixar a taxa básica de juros, como uma das medidas adotadas para tentar controlar a inflação. A legislação também estabeleceu mandatos não coincidentes para o chefe do BC e o presidente da República, limitando a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária. 

O presidente do Banco Central assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo, o que significa que o chefe do Executivo federal só poderá efetuar uma troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em dezembro de 2024, quando termina o atual mandato de Campos Neto.



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