Governo espera queda de 20% no preço do arroz nas próximas semanas

Ministro diz que presidente tem preocupação para que a comida seja mais acessível ao povo brasileiro.

MInistros Carlos Fávaro e Paulo Teixeira | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros para discutir a recente escalada nos preços dos alimentos, que impactou significativamente o orçamento dos brasileiros no final de 2023 e início de 2024. O setor de alimentação e bebidas foi identificado como o principal responsável pelo aumento da inflação nesse período, impulsionado por fatores climáticos adversos como altas temperaturas e chuvas volumosas em diversas áreas do país, afetando a produção alimentícia.

O QUE DIZ O MDA: Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, descreveu o aumento como sazonal, enfatizando a importância atribuída pelo presidente à acessibilidade dos alimentos: “É uma preocupação do presidente que a comida seja acessível ao povo brasileiro. Já observamos uma redução nos preços ao produtor, que deve se acentuar ainda mais”.

O QUE ESPERA O MAPA: Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária, revelou que o governo espera uma diminuição de cerca de 20% nos preços do arroz nas próximas semanas. Este ajuste de preços é antecipado para ocorrer entre março e abril, conforme os estoques sejam renovados a custos menores. Fávaro citou as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por aproximadamente 85% do arroz consumido no Brasil, como uma causa para a instabilidade dos preços, mas notou uma redução no preço ao produtor de R$ 120 para cerca de R$ 100 por saca.

O QUE O GOVERNO DISCUTE: Além disso, foram discutidas mudanças no plano safra 2024/25, visando promover a produção de alimentos essenciais como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca, e combater o aumento dos preços. Fávaro mencionou uma queda de 3,5% na produção de feijão, mas espera uma recuperação com o terceiro ciclo de plantio em andamento. Há também preocupações sobre a produção de trigo, com um aumento na produção de cevada, especialmente no Paraná, devido à instalação de grandes cervejarias.

QUAIS PLANOS: Medidas como a facilitação de crédito, formação de estoques públicos e políticas de preço mínimo estão sendo consideradas para reduzir os preços dos alimentos e aumentar a renda dos produtores. A agricultura familiar, em particular, receberá atenção especial por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fávaro adiantou que medidas adicionais estão sendo estudadas pela equipe econômica para garantir a queda dos preços, enfatizando que tanto agricultores familiares quanto grandes produtores do agronegócio serão beneficiados. Ele também mencionou que o presidente Lula se reunirá com representantes de setores-chave do agronegócio, incluindo fruticultura, cafeicultura, algodão e pecuária, na próxima semana. A reunião também contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, além do presidente da Conab, Edegar Pretto.

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