Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil registrou exportações que ultrapassaram a marca de US$ 300 bilhões, conforme anunciado nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Até a terceira semana de novembro, as vendas para o exterior alcançaram US$ 300,014 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 213,502 bilhões.
Esse desempenho resultou em um saldo positivo de R$ 86,512 bilhões na balança comercial ao longo do ano. O superávit comercial de US$ 1,963 trilhão registrado na terceira semana de novembro contribuiu para esse resultado. Somente na última semana, o Brasil exportou US$ 6,055 bilhões e importou US$ 4,092 bilhões.
Com esses números, o superávit acumulado em novembro atingiu US$ 6,003 bilhões, aproximando-se do recorde para o mês, estabelecido em US$ 6,2 bilhões no ano anterior. No mês corrente, as exportações totalizaram US$ 17,226 bilhões, enquanto as importações foram de R$ 11,222 bilhões. O recorde histórico da balança comercial foi estabelecido em 2022, com um superávit de US$ 61,525 bilhões. O segundo melhor desempenho ocorreu em 2021, com um superávit de US$ 61,407 bilhões.
Apesar da recente desvalorização das commodities, o governo mantém uma projeção otimista, prevendo um superávit recorde de US$ 93 bilhões para 2023, em comparação com a estimativa anterior de US$ 84,7 bilhões, feita em julho. Segundo as projeções, as exportações devem permanecer estáveis em 2023, aumentando apenas 0,02%, totalizando US$ 334,2 bilhões, enquanto as importações devem recuar 11,5%, chegando a US$ 241,1 bilhões.
Essas previsões contrastam significativamente com as expectativas mais moderadas do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 77 bilhões para o ano em curso, conforme indicado pelo boletim Focus divulgado pelo Banco Central.